| Resumo |
O ensino de conteúdos geográficos que envolvem processos morfodinâmicos e estruturais exige estratégias didáticas que favoreçam a visualização e compreensão de fenômenos complexos. Nesse contexto, os recursos tridimensionais, como maquetes, tornam-se aliados valiosos no processo de ensino-aprendizagem. Inserido no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), este trabalho apresenta uma experiência didática voltada ao ensino do relevo terrestre e submarino por meio do uso de maquetes em turmas do 2º ano do Ensino Médio. como objetivos, destacam-se: relatar a experiência do uso de maquetes didáticas no ensino de relevo terrestre e submarino, analisando sua contribuição para a compreensão dos processos geomorfológicos e o engajamento dos alunos em uma aula de revisão da temática. Durante minha atuação como bolsista do PIBID, fui convidado pelo professor supervisor a colaborar na elaboração de uma sequência de aulas de revisão sobre formação da Terra, relevo e formação do solo. Divididos em trios, cada grupo assumiu uma temática, e fiquei responsável pelo conteúdo referente ao relevo terrestre e marinho, com alunos do 2º ano do Ensino Médio.Optei por utilizar maquetes didáticas disponíveis na escola para tornar a explicação mais concreta e acessível. A primeira representava uma montanha, um planalto e uma bacia sedimentar. A partir dela, abordei a formação de montanhas por dobramentos modernos e o papel do intemperismo e da sedimentação. Em seguida, utilizei uma segunda maquete, focada no relevo submarino, com elementos como a plataforma continental, ilhas, dorsais oceânicas e uma fenda tectônica. Por meio dela, propus aos alunos uma reflexão sobre a separação entre os continentes, relacionando-a à Dorsal Mesoatlântica e ao afastamento das placas tectônicas, especialmente entre Brasil e África. Resultados: A recepção dos alunos ao uso das maquetes variou entre as turmas. Na primeira, houve baixa participação, mesmo com tentativas de mediação por meio de perguntas e estímulos ao diálogo. Já na segunda turma, o interesse foi significativamente maior, com os alunos respondendo as perguntas voluntariamente, questionando suas dúvidas e demonstrando maior compreensão dos processos envolvidos na formação do relevo terrestre e marinho. A experiência demonstrou que as maquetes podem ser ferramentas eficazes para o ensino de Geografia, contribuindo para a construção do conhecimento de maneira visual e interativa. Apesar da variação no engajamento entre turmas, a atividade permitiu observar o potencial do recurso na mediação pedagógica e no estímulo à participação discente. Atividades práticas como essa reforçam a importância de estratégias diversificadas no ensino. |