Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20454

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ariany Maria Souza Severino
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros Bruna de Freitas Calderaro, Daniel Matossian Marinho, MARA RUBIA MACIEL CARDOSO DO PRADO
Título Prevalência de Gestantes com Hemoglobinopatias Assistidas Pelo SUS, em uma Unidade de Referência de Alto Risco em um Município da Zona da Mata Mineira
Resumo Introdução: A gestação provoca mudanças significativas no organismo da mulher para atender às demandas do feto, incluindo alterações hematológicas, como o aumento do volume plasmático e de hemácias. Apesar de fisiológicas, essas alterações podem favorecer comorbidades, como as hemoglobinopatias, doenças genéticas da hemoglobina. O pré-natal é essencial para o diagnóstico precoce dessas condições, garantindo melhor saúde materno-fetal. Diante disso, este estudo visa contribuir para o manejo adequado das gestantes com hemoglobinopatias no contexto do SUS. Objetivos: Investigar a prevalência de gestantes com hemoglobinopatias atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em uma unidade de referência para gestação de alto risco na Zona da Mata Mineira. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo-exploratório, de natureza quantitativa. O estudo foi desenvolvido na cidade de Viçosa, Minas Gerais, com 202 gestantes atendidas no Centro de Atenção Especializada (CEAE), que realizaram acompanhamento pré-natal pelo SUS. A coleta de dados foi feita por meio da análise de prontuários, buscando identificar casos de hemoglobinopatias e investigar condições clínicas no período pré e pós-gestacional. A abordagem dos dados permitiu uma análise descritiva, visando compreender a prevalência e qualificar a assistência pré-natal. Resultados: A análise das condições clínicas pré-gestacionais revelou uma diversidade de comorbidades entre as gestantes atendidas pelo serviço de saúde. A condição de maior prevalência foi a hipertensão arterial crônica, identificada em 22,8% dos casos, seguida pelas endocrinopatias (11,9%) e pelos transtornos mentais (10,9%). No que se refere ao objeto deste estudo, as doenças hematológicas apresentaram uma prevalência de 3,5%, seguidas pelo tromboembolismo e pelas pneumopatias graves, ambas com 3%. No que diz respeito às condições clínicas desenvolvidas ao longo da gestação, observou-se maior ocorrência de doenças infecciosas (23,3%) das gestantes, seguidas pelo Diabetes Mellitus (21,8%). A anemia grave ou refratária ao tratamento, condição que pode estar relacionada às hemoglobinopatias, foi identificada em 1,5% das gestantes, mesmo percentual observado para trabalho de parto prematuro e diagnóstico de câncer. Conclusão: A presença de doenças hematológicas em 3,5% das gestantes e de anemia grave em 1,5% durante a gestação aponta para a relevância das hemoglobinopatias no contexto obstétrico. Apesar de sua baixa prevalência aparente, trata-se de condições que podem estar subdiagnosticadas e que exigem rastreamento precoce e acompanhamento especializado. O fortalecimento das estratégias de detecção e manejo no pré-natal é essencial para promover a segurança materno-fetal e qualificar a assistência prestada pelo SUS.
Palavras-chave gestantes, hemoglobinopatias, pré-natal
Forma de apresentação..... Vídeo
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