Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20433

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Allan Fagundes Pereira
Orientador FABRICIO ROBERTO COSTA OLIVEIRA
Outros membros Cecília Panzeri Rodrigues, Davi Baía Duarte, Krish Zapparoli Salgado
Título A proibição do celular nas escolas: reflexões dos estudantes.
Resumo A Lei nº 15.100/2025, sancionada em 13 de janeiro, proíbe o uso de aparelhos eletrônicos pessoais, incluindo celulares, no espaço escolar em todas as instituições de ensino da educação básica: aulas, recreios e intervalos. Tal medida representa uma política de intervenção estatal nos aspectos estruturais e cotidianos da educação, promovendo transformações que alteram relações de convivência no ambiente escolar. O uso excessivo dos dispositivos tem sido associado a diversos problemas, tais como dificuldade de concentração, isolamento social, distúrbios de sono, dentre outros que convencionalmente afetam a saúde física, mental e emocional de crianças e adolescentes. São nesses fatores que a lei baseia-se ao defender a proibição total e imediata dos aparelhos. Parte-se da premissa de que esta é uma medida importante para promover um espaço de aprendizagem saudável. Contudo, a eficácia da medida ainda é uma incógnita. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo analisar de que maneira os estudantes do ensino médio reagiram e refletem sobre essa nova lei. A investigação dialoga com a teoria foucaultiana, compreendendo a escola como uma instituição disciplinar que normatiza corpos e comportamentos para produzir o “sujeito escolar”. Logo, buscamos identificar como os estudantes lidam com essa nova regra. Nossa pesquisa tem uma abordagem qualitativa, com foco na compreensão das experiências e percepções dos sujeitos envolvidos, a partir de entrevistas dirigidas com duração média de 30 minutos, cinco estudantes do ensino médio, do 1° e 2° ano, que tivemos contato em função de atuação no PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), foram entrevistados. Os resultados apontam que a nova legislação gerou impactos diversos entre os estudantes e que os entrevistados possuem opiniões ambíguas sobre a proibição: alguns reconhecem benefícios a partir da melhora na atenção e na interação social, sobretudo durante os intervalos, outros criticam a medida por considerá-la autoritária e limitadora da liberdade individual, especialmente por impedir o uso fora da sala de aula. A aplicação da lei também é percebida como desigual e, em muitos casos, ineficaz: alunos continuam utilizando os aparelhos de forma escondida, enquanto as punições variam entre o rigor e a permissividade. A pesquisa, portanto, mostrou que os estudantes, apesar de reconhecerem a importância de limites no ambiente da sala de aula, o que expressa sua disciplinarização enquanto “sujeito escolar”, demonstram uma atitude crítica frente à norma, destacando que ela ignora o espaço de subjetividade e falha, pois não consegue impedir o uso dos aparelhos.
Palavras-chave Lei nº 15.100/2025, escola, celulares
Forma de apresentação..... Painel
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