Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20431

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor João Vitor Pereira Santos
Orientador MARIA AUGUSTA LIMA SIQUEIRA
Outros membros CRISTIANO LOPES ANDRADE, Luiza Eduardo Basílio Silva
Título Relação ecológica entre besouros Scotocryptus (Coleoptera: Leiodidae) e abelhas Melipona mondury (Hymenoptera: Apidae): análise de sobrevivência e conteúdo intestinal
Resumo Colônias de insetos sociais hospedam diversos inquilinos, como ácaros, microrganismos e besouros. Entre os organismos encontrados nos ninhos de Melipona mondury Smith, 1863 (Hymenoptera: Apidae), encontram-se os besouros Scotocryptus (Coleoptera: Leiodidae). Esses besouros são ápteros e cegos, e aparentam manter uma relação harmoniosa com as abelhas. Porém, a hipótese de que existe um mutualismo entre esses besouros e essas abelhas ainda não foi comprovada. Existe o pressuposto de que os besouros se alimentem e consequentemente controlem fungos das colônias, o que também ainda não foi verificado. Neste trabalho, foi estudada a sobrevivência de S. melitophilus Reitter, 1881 associado a M. mondury e analisado o conteúdo intestinal de S. melitophilus e S. parasitus Reitter, 1884. Os besouros foram coletados em uma colônia de M. mondury, sendo parte fixada em álcool absoluto imediatamente após a coleta e outra parte mantida em laboratório. Uma porção dos besouros mantidos em laboratório foi utilizada em experimentos de arena com os seguintes tratamentos: somente abelhas (n=5), somente besouros (n=10) e besouros + abelhas (n=10 e n=5, respectivamente). As arenas continham dois alimentadores com solução de água e mel (1:1V) ou água destilada. Os experimentos foram conduzidos sob luz vermelha para reduzir o estresse das abelhas, repetidos 10 vezes e mantidos em condições semelhantes às das colônias (28 °C; 75% UR; 24 h de escotofase) em estufas incubadoras. A sobrevivência dos insetos foi avaliada por 8 dias após o início dos experimentos. A outra porção dos besouros mantida em laboratório foi fixada em álcool absoluto e, juntamente com os espécimes fixados imediatamente após a coleta, foi identificada quanto ao sexo e à espécie. Foram dissecados os intestinos médio e posterior de 3 machos e 3 fêmeas de S. melitophilus e 2 machos e 3 fêmeas de S. parasitus mantidos em laboratório; bem como 3 machos e 3 fêmeas de S. melitophilus e 1 macho e 3 fêmeas de S. parasitus oriundos da colônia. Após os 8 dias do experimento de sobrevivência, observou-se que 100% das abelhas, 54% dos besouros em arenas com abelhas e 75% dos besouros em arenas sem abelhas morreram. Na análise do conteúdo intestinal, não foi observada diferença entre sexos ou espécies, mas identificou-se ingestão sem digestão de grãos de pólen e digestão de matéria fúngica. Os resultados preliminares indicam que os besouros possuem maior chance de sobrevivência quando associados às abelhas, embora a presença dos besouros pareça ser indiferente para as mesmas. Há indícios de que a base alimentar dos Scotocryptus é composta por fungos, o que corrobora a hipótese de mutualismo anteriormente proposta entre as espécies.
Palavras-chave Abelhas sem ferrão, inquilinismo, mutualismo
Forma de apresentação..... Vídeo
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