Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20429

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Ana Carolina Marta Trindade
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Iara Magalhães Ribeiro, Isabella Ester Pires Ribeiro, Renner Philipe Rodrigues Carvalho, Thanyanne Rafaela de Morais Ferreira
Título Efeitos de uma única injeção epididimária bilateral de eugenol sobre a histologia epididimária e a motilidade espermática em ratos Wistar
Resumo A aplicação direta de agentes químicos no epidídimo tem se mostrado uma abordagem promissora para o controle reprodutivo não cirúrgico, devido ao papel essencial deste órgão na maturação e no transporte espermático. O eugenol, principal composto fenólico do óleo de cravo-da-índia , apresenta atividade antioxidante em baixas concentrações, mas efeitos citotóxicos em concentrações mais elevadas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de uma única aplicação intraepididimária de eugenol sobre a integridade tecidual do epidídimo e a motilidade espermática. Para isso, dez ratos Wistar adultos foram anestesiados para a administração de uma única injeção na cabeça dos epidídimos de 50 µL contendo veículo (Tween 20 a 2%; grupo controle) e dez para injeção de 2,5 mg de eugenol. Cinco ratos de cada grupo foram eutanasiados após 30 e 60 dias da aplicação (CEUA/UFV nº 35/2023). Epidídimos direitos foram coletados, fixados em solução saturada de Bouin por 24 horas, desidratados em série etanólica e incluídos em parafina. Cortes histológicos de 5 µm das regiões da cabeça e cauda epididimárias foram corados com hematoxilina-eosina e analisados por microscopia de luz. Já a cauda dos epidídimos esquerdos foram colocadas sobre uma placa de Petri aquecida, contendo meio BWW, e cortadas para obtenção dos espermatozoides. Uma alíquota de 10 µl da solução foi colocada entre lâmina e lamínula e analisada em microscópio quanto a motilidade espermática (%; média, desvio padrão; P = 0,05). Os resultados mostraram que, aos 30 dias pós-aplicação, ratos controle apresentaram arquitetura epididimária preservada, com epitélio pseudoestratificado bem organizado, lúmen preenchido por espermatozoides e tecido conjuntivo íntegro. Ratos que receberam injeção intraepididimária de eugenol apresentaram necrose difusa dos ductos, perda da estrutura tubular, acúmulo de detritos celulares no lúmen e início de fibrose no estroma periductal. Não foram observados espermatozoides móveis nesses animais em contraste com os animais controle (85,0 ± 5,3%; p < 0,05). Aos 60 dias, a arquitetura tecidual das regiões epididimárias apresentou-se íntegra em ratos controle, enquanto que estas se apresentaram mais graves em ratos submetidos à injeção intraepididimária de eugenol, com deposição extensa de fibras colágenas, infiltrado leucocitário persistente e desorganização severa da estrutura tubular, especialmente na região da cabeça. Nestes animais, a motilidade espermática estava ausente (0,0%), enquanto os animais do grupo controle mantiveram valores preservados (84,67 ± 9,71%; p < 0,05). A administração intra epididimária única de eugenol na concentração de 2,5 mg provocou danos teciduais progressivos e potencialmente irreversíveis no epidídimo de ratos, com impacto sobre a motilidade espermática. Esses resultados reforçam o potencial do eugenol como agente esclerosante e apontam o epidídimo como alvo estratégico para práticas não cirúrgicas de controle reprodutivo.
Palavras-chave Contracepção masculina, epitélio, espermatozoide.
Forma de apresentação..... Painel
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