Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20422

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Nájilla Resende Andrade
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros LILIAN FERNANDES ARIAL AYRES, MARA RUBIA MACIEL CARDOSO DO PRADO
Título Reconstrução da identidade materna no pós-parto: uma revisão narrativa da literatura.
Resumo Introdução: Tornar-se mãe é um processo marcado por rupturas identitárias e possibilidades de renascimento. Nesse percurso, é comum a vivência de sentimentos ambivalentes, que variam do encantamento à exaustão. Esse movimento é sustentado por fatores internos e externos, sendo profundamente influenciado pelo contexto social, pelo reconhecimento da nova função materna e pelas relações estabelecidas com o bebê e com as redes de apoio. Objetivo: Identificar os fatores associados à reconstrução da identidade materna no pós-parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. A pergunta de pesquisa formulada foi: “Quais fatores estão associados à reconstrução da identidade materna no pós-parto?”. As buscas foram realizadas nas bases eletrônicas PubMed, SciELO e Scopus, em português, inglês e espanhol, considerando publicações entre 2015 e 2025. A estratégia de busca combinou dois blocos conceituais: um relacionado à identidade/adaptação materna e outro ao período pós-parto, conectados por operadores booleanos AND e OR. Foram incluídos apenas artigos originais com acesso completo, sendo excluídos textos de revisão. Após triagem e eliminação de duplicatas, 19 artigos compuseram o corpus final de análise. Resultados: A reconstrução da identidade materna no pós-parto revelou-se um processo dinâmico, não linear e relacional. Vai além da presença de psicopatologias, como a depressão pós-parto, envolvendo também a vivência subjetiva da mulher diante das transformações de ser mãe em um novo contexto de vida. O apoio social emergiu como um eixo central, impactando diretamente o bem-estar psicológico e favorecendo a consolidação de uma identidade materna segura. A presença de suporte emocional, prático e afetivo — especialmente de parceiros, familiares e amigos — auxilia na legitimação da mulher em sua nova função, acolhendo suas inseguranças e compartilhando a carga do cuidado. Em contrapartida, a ausência ou fragilidade dessas redes acentua a vulnerabilidade psíquica, o sentimento de inadequação e o isolamento. O vínculo mãe-bebê destacou-se como componente fundamental, funcionando tanto como desafio quanto como oportunidade identitária. Dificuldades nesse vínculo, muitas vezes sustentadas por crenças distorcidas ou expectativas idealizadas da maternidade, podem comprometer esse processo e favorecer o distanciamento emocional da mulher em relação ao bebê e à própria experiência materna. Conclusão: A reconstrução da identidade materna no pós-parto é um fenômeno relacional, situado socialmente e atravessado por expectativas culturais, suporte (ou sua ausência), condições de vida e pela capacidade de alinhar valores pessoais às práticas maternas. Reconhecer a complexidade desse processo é essencial para o desenvolvimento de políticas e intervenções em saúde que considerem a pluralidade das experiências femininas, promovendo o acolhimento e a escuta qualificada das mulheres em sua transição para a maternidade.
Palavras-chave Identidade materna, pós-parto, maternidade
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
Gerado em 0,71 segundos.