| ISSN | 2237-9045 |
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| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Pós-graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Dimensões Institucionais: ODS16 |
| Setor | Departamento de Serviço Social |
| Bolsa | Não se Aplica |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Pedro Antonio Rodrigues Gazolla |
| Orientador | MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO |
| Título | A escuta especializada como ferramenta protetiva no combate à violência infanto-juvenil |
| Resumo | A violência contra crianças e adolescentes é uma realidade global e alarmante, com a OMS (2024) estimando que um bilhão de crianças são vítimas anualmente, e menos de 10% acessam assistência. No Brasil, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024) aponta o aumento da mortalidade infantil e altos índices de violência intrafamiliar e sexual, com 83.988 vítimas de estupro e estupro de vulnerável em 2023, sendo 61,6% com até 13 anos. Diante disso, este artigo pretende analisar a eficácia da escuta especializada, como mecanismo fundamental para proteger os direitos sociais desses indivíduos. A metodologia consistiu em pesquisa bibliográfica de artigos de 2012 a 2024, usando termos como "escuta qualificada", "violência" e "proteção integral". Os resultados evidenciaram que a temática pode ser discutida em três eixos: a) Abordagens Focadas na Experiência Subjetiva e Emocional das Vítimas, que explorou a Teoria do Desenvolvimento Psicossocial (Erik Erikson) e a Teoria do Trauma, enfatizando a necessidade de uma abordagem sensível e individualizada; b) Abordagens Normativas e Institucionais, que analisou a Lei nº 13.431/2017 (Lei da Escuta Protegida), diferenciando a escuta especializada (acolhimento e proteção) do depoimento especial (produção de prova judicial), além de destacar a importância da articulação entre os órgãos do sistema de garantia de direitos; e c) Abordagens Comunicacionais e Metodológicas da Escuta, que ressaltou a relevância da linguagem acessível, da postura empática do profissional e da construção de vínculos de confiança. Em suma, a pesquisa concluiu que a escuta especializada é uma ferramenta indispensável para o acolhimento, cuidado e proteção integral de crianças e adolescentes vítimas de violência, diferenciando-se fundamentalmente do depoimento especial. Assim, garantir que as vozes do público infanto-juvenil sejam escutadas em todos os processos decisórios é essencial para a promoção de seus direitos e para a construção de um ambiente mais seguro e justo, contribuindo para a redução da invisibilidade e do silenciamento dessas vítimas. |
| Palavras-chave | Público infanto-juvenil, Violência, Escuta Especializada. |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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