Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20402

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Institucionais: ODS16
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pedro Antonio Rodrigues Gazolla
Orientador MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO
Título A escuta especializada como ferramenta protetiva no combate à violência infanto-juvenil
Resumo A violência contra crianças e adolescentes é uma realidade global e alarmante, com a OMS (2024) estimando que um bilhão de crianças são vítimas anualmente, e menos de 10% acessam assistência. No Brasil, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024) aponta o aumento da mortalidade infantil e altos índices de violência intrafamiliar e sexual, com 83.988 vítimas de estupro e estupro de vulnerável em 2023, sendo 61,6% com até 13 anos. Diante disso, este artigo pretende analisar a eficácia da escuta especializada, como mecanismo fundamental para proteger os direitos sociais desses indivíduos.
A metodologia consistiu em pesquisa bibliográfica de artigos de 2012 a 2024, usando termos como "escuta qualificada", "violência" e "proteção integral".
Os resultados evidenciaram que a temática pode ser discutida em três eixos: a) Abordagens Focadas na Experiência Subjetiva e Emocional das Vítimas, que explorou a Teoria do Desenvolvimento Psicossocial (Erik Erikson) e a Teoria do Trauma, enfatizando a necessidade de uma abordagem sensível e individualizada; b) Abordagens Normativas e Institucionais, que analisou a Lei nº 13.431/2017 (Lei da Escuta Protegida), diferenciando a escuta especializada (acolhimento e proteção) do depoimento especial (produção de prova judicial), além de destacar a importância da articulação entre os órgãos do sistema de garantia de direitos; e c) Abordagens Comunicacionais e Metodológicas da Escuta, que ressaltou a relevância da linguagem acessível, da postura empática do profissional e da construção de vínculos de confiança.
Em suma, a pesquisa concluiu que a escuta especializada é uma ferramenta indispensável para o acolhimento, cuidado e proteção integral de crianças e adolescentes vítimas de violência, diferenciando-se fundamentalmente do depoimento especial. Assim, garantir que as vozes do público infanto-juvenil sejam escutadas em todos os processos decisórios é essencial para a promoção de seus direitos e para a construção de um ambiente mais seguro e justo, contribuindo para a redução da invisibilidade e do silenciamento dessas vítimas.
Palavras-chave Público infanto-juvenil, Violência, Escuta Especializada.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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