Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20397

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Kaylane Zuqueto da Silva
Orientador BRUNNELLA ALCANTARA CHAGAS DE FREITAS
Outros membros Eduardo Martins Souza, Gabriela Carvalho Barbosa, Miguel Jourdain Alípio do Vale, Romario Brunes Will Ferreira
Título Cobertura vacinal infantil na microrregião de Viçosa-MG: uma década de dados
Resumo INTRODUÇÃO: A vacinação infantil é uma das estratégias mais eficazes na redução da mortalidade e morbidade por doenças imunopreveníveis. Entretanto, na última década, o Brasil tem enfrentado desafios para atingir as metas de coberturas vacinais (CV), com declínio já evidente mesmo antes dos impactos intensificados pela pandemia de COVID-19 e, com isso, expondo a população infantil ao risco de reintrodução de doenças antes controladas. Nesse contexto, torna-se necessário compreender os padrões de imunização em diferentes territórios para subsidiar a formulação de políticas públicas mais eficazes e direcionadas às realidades locais. OBJETIVOS: Analisar a tendência temporal das coberturas vacinais de BCG, Hepatite B, Poliomielite, Pentavalente e Tríplice Viral em crianças menores de 1 ano na microrregião de saúde de Viçosa-MG, no período de 2014 a 2023. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico, com abordagem quantitativa, utilizando dados de cobertura vacinal do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/DATASUS). As análises, estratificadas por localidade e ano, foram realizadas no SPSS (v.27.0), com apoio de Python para visualizações. Aplicou-se o teste de correlação de Pearson entre os anos, com apresentação dos resultados em matrizes de correlação. RESULTADOS: Observou-se uma tendência de declínio progressivo nas coberturas vacinais ao longo da década. A microrregião Viçosa apresentou redução significativa na CV das vacinas Tríplice Viral, Poliomielite e Pentavalente, principalmente a partir de 2015, com acentuadas quedas durante o período pandêmico (2020–2021). Os imunizantes Hepatite B e BCG não sofreram variações expressivas no período pré-pandêmico. No entanto, registraram-se as piores coberturas entre todas as vacinas em 2020 e 2021, com menos de 60% em 2021. Houve discreta recuperação em 2022 e 2023 nas taxas de todos os imunizantes, mas ainda insuficiente para se afirmar a retomada consistente das coberturas vacinais em relação aos padrões anteriores. Observou-se também inconsistências nos registros, especialmente em 2014, refletidas em CV maior que 100%, o que deve ser considerado na interpretação das tendências. CONCLUSÕES: Os resultados evidenciam um cenário de vulnerabilidade imunológica na infância, com coberturas vacinais aquém das metas preconizadas. Apesar de algumas oscilações positivas ao longo da década, a falta de manutenção consistente reforça a fragilidade do sistema local de imunização. A perpetuação das taxas, caso não apresentem tendência clara de recuperação, compromete progressivamente a imunidade coletiva e pode propiciar o retorno ainda mais evidente das doenças erradicadas. Reforça-se, portanto, a urgência de políticas públicas mais robustas voltadas à recuperação das coberturas vacinais infantis.
Palavras-chave Vacinação, Criança, Cobertura vacinal
Forma de apresentação..... Vídeo
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