Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20356

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Educação Infantil
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Laís Fialho Estanislau
Orientador KAMILLA BOTELHO DE OLIVEIRA
Outros membros TIAGO DA SILVA TEIXEIRA
Título "Porque não depende da cor da pele, depende da amizade": Representações das relações étnico-raciais por crianças
Resumo Os estudos e pesquisas sobre as relações étnico-raciais têm crescido nos últimos anos, entretanto observa-se que poucos abordam a percepção da criança na fase de Educação Infantil. Por este motivo, este projeto de pesquisa teve como objetivo investigar as representações sobre as relações étnico-raciais de crianças de 5 anos de idade que frequentam o Laboratório de Desenvolvimento Humano (LDH), vinculado ao Departamento de Educação Infantil da Universidade Federal de Viçosa. A motivação para a realização deste estudo foi a possibilidade de contribuir com a reflexão acerca do trabalho docente e a educação antirracista desenvolvido com as crianças da Educação Infantil, bem como dos próprios núcleos familiar e social que as envolvem. Os objetivos específicos incluíram: produzir e analisar os dados com instrumento baseado no Método Clínico, sobre as representações das relações étnico-raciais que crianças de 5 anos possuem; identificar e analisar as representações que as crianças possuem sobre as relações entre pessoas brancas e pessoas negras; identificar como as crianças reconhecem a si mesmas. Para a produção e análise dos dados, foram aplicadas entrevistas com as crianças, utilizando o Método Clínico Piagetiano, com o intuito de investigar as representações sobre a temática discutida. Delval (2002) menciona cinco tipos de respostas segundo a Teoria Piagetiana: espontâneas, desencadeadas, sugeridas, fabuladas e não-importistas. A análise das falas evidenciou que, mesmo com cinco anos, as crianças já possuem percepções sobre raça e convivem com situações que as fazem refletir sobre o tema. Muitas delas apresentaram dificuldades em se autodeclarar, mas demonstraram reconhecimento por meio da identificação de tons de pele e características físicas. As aparências fenotípicas foram frequentemente utilizadas como marcadores nas relações sociais. As crianças também apresentaram propostas inclusivas diante de situações de exclusão, o que demonstra o potencial da escola como espaço de escuta e construção de valores. Por outro lado, também foi possível perceber que a branquitude continua sendo o parâmetro de normalidade, revelando a força dos estereótipos sociais internalizados desde a infância.
Palavras-chave Relações étnico-raciais, Educação Infantil, Método Clínico Piagetiano
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,65 segundos.