Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20353

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Daniele Oliveira Souza
Orientador JOSE EDUARDO SERRAO
Outros membros Daniela de Castro Guedes
Título Toxinas produzidas pela glândula de cheiro de percevejos predadores (Asopinae) e seu potencial bioinseticida como nova alternativa de controle contra lagartas desfolhadoras.
Resumo Insetos predadores da subfamília Asopinae produzem toxinas através de suas glândulas de cheiro que apresentam potencial bioinseticida contra pragas agrícolas. Considerando a crescente resistência de lagartas desfolhadoras, como Anticarsia gemmatalis e Spodoptera frugiperda, aos inseticidas químicos sintéticos, torna-se necessário explorar novas alternativas de controle. Neste contexto, o uso de compostos tóxicos naturais produzidos por Brontocoris tabidus e Podisus distinctus apresenta-se como uma abordagem promissora e sustentável para o manejo dessas pragas. Este trabalho avaliou se o composto tetradecano, originado das glândulas de percevejos predadores, tem potencial para o controle da lagarta desfolhadora da soja (A. gemmatalis). Especificamente foram avaliados a toxidade de efeitos histopatológicos no intestino médio da lagarta.

Lagartas de terceiro instar de A. gemmatalis foram separadas em três grupos experimentais: um grupo para comparação (exposto à água), um grupo controle com dieta contendo acetona e um grupo tratado com o composto tetradecano. Cada grupo foi alimentado com dieta artificial contendo os respectivos tratamentos por 72h e a mortalidade foi avaliada. Após o período de alimentação cinco lagartas de cada tratamento foram dissecadas para remoção do intestino médio, que foi imediatamente fixado em solução Zamboni, desidratado em série crescente de etanol, incluídos em historesina e as seções coradas com hematoxilina e eosina para análise em microscópio de luz.

Durante o processo de exposição das lagartas, não foi observado a mortalidade dos indivíduos. No entanto, durante a análise, foram observados danos ao epitélio do intestino médio. Comparando com o intestino das lagartas expostas à água e acetona - onde fora observado um epitélio bem organizado, com células colunares e borda estriada intactas- o intestino médio dos indivíduos expostos ao tetradecano apresentaram o epitélio desorganizado, com perda da integridade estrutural, presença de células digestivas e caliciformes vacuolizadas.

Estes resultados indicam que embora o tetradecano não cause mortalidade larval durante 72 h de exposição, ocorrem danos ao epitélio do intestino médio, indicando um potencial uso do composto para o controle deste inseto.

Bibliografia: Histologia básica, Texto & Atlas (Junqueira e Carneiro) - 13 edição.
Palavras-chave bioinseticida, lagartas desfolhadoras, percevejos predadores
Forma de apresentação..... Painel
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