Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20326

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Gabriela Cardoso Vieira
Orientador ANTONIO FERNANDES DE CARVALHO
Outros membros Cleonice Aparecida Salgado, Jaqueline Aparecida Honorato, Laura Déstro Rodrigues, SOLIMAR GONCALVES MACHADO
Título Desenvolvimento de fermento lático autóctone para a indústria de leite e derivados
Resumo As bactérias ácido láticas (BAL) representam um recurso biotecnológico valioso para o desenvolvimento de fermentos láticos destinados à indústria de laticínios. Esses microrganismos estão naturalmente presentes no leite cru e em ambientes de processamento de lácteos, sendo capazes de transformar a lactose presente no leite em ácido lático por meio da fermentação, o que os tornam tão importantes. Além disso, são responsáveis pelas características organolépticas e pela conservação de produtos lácteos fermentados, como queijos, iogurtes e bebidas. As BAL também possuem benefícios comprovados à saúde, entre os quais se destacam :a produção de vitaminas, peptídeos bioativos e a melhoria na digestibilidade dos alimentos. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo desenvolver um fermento lático autóctone a partir de linhagens de BAL isoladas de queijo Minas Artesanal, visando à sua aplicação industrial. As linhagens foram selecionadas com base em critérios como atividade proteolítica (capacidade de hidrolisar proteínas do leite, influenciando textura e flavor), capacidade de acidificação (essencial para a eficiência da fermentação), produção de diacetil (composto aromático importante em derivados lácteos) e perfil de lactofermentação. Inicialmente, vinte linhagens foram estudadas, das quais dez foram selecionadas para avaliações avançadas de crescimento bacteriano e tolerância a estresses térmicos subletais - etapa crítica para garantir a viabilidade durante processos industriais que envolvem calor, como a secagem por atomização (spray drying). Dentre as linhagens analisadas, a cepa Lacticaseibacillus paracasei 120 destacou-se pelo desempenho superior em termos de resistência ao calor. Para testar sua aplicabilidade industrial, essa linhagem foi submetida à secagem, com e sem pré-adaptação a estresse térmico subletal, técnica que visa aumentar a resistência celular. A viabilidade das células foi avaliada imediatamente após a secagem e durante 90 dias de armazenamento em duas temperaturas (4°C e 25°C), simulando condições reais de estocagem. As análises estatísticas realizadas indicaram que o tempo de armazenamento foi o fator que mais impactou a sobrevivência celular, enquanto a pré adaptação ao estresse subletal não levou a um aumento estatisticamente significativo na viabilidade pós-secagem. Dessa forma, é possível concluir que o spray drying é uma técnica viável para a produção de fermentos láticos autóctones, oferecendo vantagens econômicas em comparação à liofilização (processo tradicional, porém mais caro). No entanto, a otimização de parâmetros como temperatura de entrada/saída do ar, taxa de alimentação do concentrado bacteriano e uso de protetores celulares podem aumentar ainda mais a eficiência do processo. Estudos futuros poderão explorar a aplicação dessas linhagens em maiores escalas, além de avaliar seu desempenho em matrizes alimentares lácteas diversificadas.
Palavras-chave Bactérias ácido láticas, Secagem, Viabilidade celular
Forma de apresentação..... Painel
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