Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20176

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Econômicas: ODS11
Setor Departamento de Geografia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Franciele Zagne
Orientador LEONARDO CIVALE
Título “Ipatinga Cidade Jardim”: Usos da memória e construções narrativas das políticas públicas sobre a paisagem e o patrimônio cultural na cidade de Ipatinga (MG) entre 1964 e 2024.
Resumo O presente trabalho, sob coordenação de Leonardo Civale, do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Viçosa, compõe o Grupo de Pesquisa “Narrativa de construção do patrimônio moderno material e imaterial em cidades mineiras”. O projeto tem apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, na UFV. Ipatinga – do Tupi “Pouso de Água Limpa” – pertence à Região Metropolitana do Vale do Aço, às margens do Rio Doce, no leste de Minas Gerais. Ipatinga é uma cidade planejada, criada a partir de uma vila operária, a fim de suprir as necessidades habitacionais e urbanas dos trabalhadores da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), estabelecida no local na década de 1950. Por meio da influência no plano urbanístico do terreno, a Usiminas pôde gerir um espaço que atendesse aos seus interesses, interferindo diretamente no eixo espacial e na construção da cidade. Tais influências podem ser percebidas ainda na atualidade, ao observar a localização de cada bairro e a desigualdade sócio-espacial que o acompanha. De um lado, bairros planejados, habitados pelos trabalhadores, de outro, uma área que crescia “pobre” e espontaneamente, aquém do controle da empresa. Nesse sentido, a trajetória histórica da cidade confunde-se com a da empresa, em razão de todo o sistema urbano e de a população de Ipatinga ter se constituído em torno – e para – a usina. Desse modo, a Usiminas possui influência direta na paisagem, história, memória e patrimonialização da cidade. A maior parte dos tombamentos e, principalmente, dos monumentos, está relacionada à indústria e aos “pioneiros” da construção da empresa e, juntamente, da cidade. O projeto, sob esse viés, por meio de trabalho de campo e análise de arquivos diversos, visou investigar os usos da memória e as construções discursivas sobre a identidade local, e analisar como a história de Ipatinga é narrada a partir da perspectiva histórica da Usiminas, enlaçando a cidade à memória e identidade da empresa. Este estudo justifica-se pela relevância e ineditismo do tema, que abrange uma cidade pouco explorada por pesquisas, mas que muito tem a oferecer. Ipatinga, em sua complexidade, mescla a cultura nipo e afro-brasileira, folclore, patrimônios materiais e imateriais tombados, dentre outros aspectos. Parte do Grupo de Pesquisa supracitado, este trabalho visa colaborar para um projeto maior sobre o estado mineiro. A pesquisa também pretende produzir documentos que ajudem a gerar um banco de dados sobre memória, identidade, patrimônio e paisagem cultural, buscando auxiliar na construção da memória social da região e facilitar a participação da população local nos processos decisórios sobre o patrimônio material e imaterial.
Palavras-chave Ipatinga, Patrimônio Cultural, Memória.
Forma de apresentação..... Painel
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