Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20264

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de História
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Rômulo Santos de Araújo
Orientador PRISCILA RIBEIRO DORELLA
Título Cinema e Resistência: A Luta Anticolonial na Obra de Flora Gomes
Resumo Este trabalho tem como intuito observar a trajetória de Flora Gomes enquanto diretor cinematográfico, de modo a identificar nela características de um cinema dito como anticolonial, por se propor a trazer em sua formulação uma mensagem que reflita sobre a situação colonial imposta à população e que sirva como ponto de partida para se pensar a realidade em que aquela sociedade está inserida, questionando hierarquias de poder e observando o espaço que cada grupo ocupa na sociedade. O diretor, na sua construção filmográfica, atentou-se a observar o cotidiano do seu país, Guiné-Bissau, e, nesse processo, acabou por criar filmes que retratam a sua visão da realidade local e dos conflitos que a permeiam. Para realizar esta pesquisa, foi selecionado um recorte dos três primeiros longas-metragens do diretor, sendo eles Mortu Nega (1988), Os Olhos Azuis de Yonta (1992) e Pau de Sangue (1996). A seleção foi realizada por serem algumas das produções mais importantes do diretor quando analisamos a sua influência no cenário local e internacional, tendo sido apresentadas em festivais em todo o mundo, além de comporem, em suas tramas, reflexões sobre a realidade social do país, a luta anticolonial e os aspectos políticos contemporâneos, objetos estes a serem analisados de forma fulcral. Enquanto ferramenta metodológica, foi escolhida a realização de uma análise qualitativa dos filmes, em consonância com entrevistas realizadas por Gomes, de modo a compreender não apenas o conteúdo presente nas obras, mas também o extrafílmico, as intencionalidades do diretor, o processo de realização e os impactos causados pelas concessões com produtoras internacionais. De forma sumária, buscamos, por meio dessa análise, observar e compreender a forma como Flora Gomes utiliza-se do cinema enquanto uma ferramenta para uma reinterpretação crítica da história do seu país, Guiné-Bissau, e os desafios enfrentados pelo mesmo, que se relacionam diretamente com as adversidades que tiveram origem na relação colonial. Dessa forma, é possível observar no trabalho do diretor ligações com movimentos de cinema ao redor do mundo que também se propuseram a olhar a história de seus respectivos países de forma crítica, criando uma ligação ideológica possível de ser observada entre países do Sul Global.
Palavras-chave História da África, Cinema, Luta anticolonial.
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