Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20247

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Departamento de Geografia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Geovanna Aparecida de Almeida
Orientador ANDRE LUIZ LOPES DE FARIA
Outros membros Marco Antonio Saraiva da Silva
Título Uso do NDVI na análise da expansão da extração de granito em Canaã, Jequeri e Pedra do Anta, em MG.
Resumo A atividade mineradora possui grande relevância para a economia brasileira/mineira e, em função disso, recebe grandes investimentos, mantendo-se em constante expansão. O crescimento das atividades mineradoras acarreta o agravamento de impactos ambientais negativos, como perda da cobertura vegetal, intensificação de processos erosivos, aumento da turbidez e do assoreamento dos rios, poluição do ar, entre outros. Tendo em vista que, por questões de segurança, áreas de mineração são de acesso restrito, o Sensoriamento Remoto (SR) é essencial para análises ambientais e estudos de mudanças na paisagem causadas por essa atividade. Entre as diferentes fontes, as imagens de satélite permitem extrair diversos dados do território. Para isso, a aplicação de índices como o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), que fornece informações sobre a sanidade da cobertura vegetal, tem sido amplamente utilizada em estudos ambientais e em nosso caso, minerais. Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo analisar, utilizando o SR, a expansão da extração de granito, entre os anos de 2016, 2019 e 2022, nos municípios mineiros de Canaã, Jequeri e Pedra do Anta.
O local pesquisado situa-se entre as coordenadas métricas 744000 a 750000 E e 7720500 a 7726500 N, com área de 2.954,84 ha. A seleção da área foi feita a partir da análise dos processos minerários para extração ornamental, disponíveis no SIGMINE (Sistema de Informação Geográfica da Mineração). Para as análises, utilizaram-se imagens do satélite Sentinel-2, acessadas por meio do Copernicus Browser e Google Earth Engine. As imagens abrangem os períodos de julho a setembro de cada ano; todavia, em 2019, o período estendeu-se até dezembro devido à presença de nuvens.
Após a coleta das imagens, aplicou-se o NDVI para cada ano e os resultados foram quantificados por meio da extração de valores de pixels aleatórios. Para isso, utilizou-se o plugin Point Sampling Tool no software QGIS Desktop 3.28.2, gerando 100 pontos aleatórios em cada polígono delimitado, além de 50 pontos em áreas de borda e locais distantes.
Dentre os resultados obtidos, destaca-se que o NDVI evidenciou a expansão da degradação da área no período analisado. Houve aumento de valores negativos e próximos a zero, indicando redução da saúde da vegetação. Esse resultado foi reforçado pelos gráficos gerados a partir da quantificação dos pixels aleatórios, que mostram maior concentração de valores negativos em 2022. Observou-se ainda que a sanidade vegetal foi reduzida não apenas nas áreas mineradas, mas também em suas imediações. Diante do exposto, entende-se que o NDVI, apesar de inicialmente ser criado para quantificar a saúde e densidade da vegetação através da análise da reflectância da luz em diferentes comprimentos de onda, se mostrou eficaz na análise dos impactos negativos sobre a vegetação no entorno das áreas de mineração e pode ser aplicado no monitoramento de impactos ambientais decorrentes da atividade mineradora.
Palavras-chave Sensoriamento Remoto, NDVI, Impactos Ambientais
Apresentações
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