Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
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Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Dimensões Ambientais: ODS15 |
Setor | Departamento de Geografia |
Bolsa | Não se Aplica |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Geovanna Aparecida de Almeida |
Orientador | ANDRE LUIZ LOPES DE FARIA |
Outros membros | Marco Antonio Saraiva da Silva |
Título | Uso do NDVI na análise da expansão da extração de granito em Canaã, Jequeri e Pedra do Anta, em MG. |
Resumo | A atividade mineradora possui grande relevância para a economia brasileira/mineira e, em função disso, recebe grandes investimentos, mantendo-se em constante expansão. O crescimento das atividades mineradoras acarreta o agravamento de impactos ambientais negativos, como perda da cobertura vegetal, intensificação de processos erosivos, aumento da turbidez e do assoreamento dos rios, poluição do ar, entre outros. Tendo em vista que, por questões de segurança, áreas de mineração são de acesso restrito, o Sensoriamento Remoto (SR) é essencial para análises ambientais e estudos de mudanças na paisagem causadas por essa atividade. Entre as diferentes fontes, as imagens de satélite permitem extrair diversos dados do território. Para isso, a aplicação de índices como o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), que fornece informações sobre a sanidade da cobertura vegetal, tem sido amplamente utilizada em estudos ambientais e em nosso caso, minerais. Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo analisar, utilizando o SR, a expansão da extração de granito, entre os anos de 2016, 2019 e 2022, nos municípios mineiros de Canaã, Jequeri e Pedra do Anta. O local pesquisado situa-se entre as coordenadas métricas 744000 a 750000 E e 7720500 a 7726500 N, com área de 2.954,84 ha. A seleção da área foi feita a partir da análise dos processos minerários para extração ornamental, disponíveis no SIGMINE (Sistema de Informação Geográfica da Mineração). Para as análises, utilizaram-se imagens do satélite Sentinel-2, acessadas por meio do Copernicus Browser e Google Earth Engine. As imagens abrangem os períodos de julho a setembro de cada ano; todavia, em 2019, o período estendeu-se até dezembro devido à presença de nuvens. Após a coleta das imagens, aplicou-se o NDVI para cada ano e os resultados foram quantificados por meio da extração de valores de pixels aleatórios. Para isso, utilizou-se o plugin Point Sampling Tool no software QGIS Desktop 3.28.2, gerando 100 pontos aleatórios em cada polígono delimitado, além de 50 pontos em áreas de borda e locais distantes. Dentre os resultados obtidos, destaca-se que o NDVI evidenciou a expansão da degradação da área no período analisado. Houve aumento de valores negativos e próximos a zero, indicando redução da saúde da vegetação. Esse resultado foi reforçado pelos gráficos gerados a partir da quantificação dos pixels aleatórios, que mostram maior concentração de valores negativos em 2022. Observou-se ainda que a sanidade vegetal foi reduzida não apenas nas áreas mineradas, mas também em suas imediações. Diante do exposto, entende-se que o NDVI, apesar de inicialmente ser criado para quantificar a saúde e densidade da vegetação através da análise da reflectância da luz em diferentes comprimentos de onda, se mostrou eficaz na análise dos impactos negativos sobre a vegetação no entorno das áreas de mineração e pode ser aplicado no monitoramento de impactos ambientais decorrentes da atividade mineradora. |
Palavras-chave | Sensoriamento Remoto, NDVI, Impactos Ambientais |
Apresentações |
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