Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20238

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS14
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Renan Wakim da Silva Almeida
Orientador JENER ALEXANDRE SAMPAIO ZUANON
Outros membros Artur Andrade Roberto de Paula, Lavínia Aparecida Lehner dos Santos, Pedro Segantini Tótola, Rafael Cupertino de Lima Muzzi
Título Óleos essenciais como redutores da excreção de amônia em Cyprinus carpio submetidas ao transporte de longa duração
Resumo O transporte é essencial na criação e na comercialização de peixes, mas desencadeia respostas de estresse em função do manejo de captura, contenção, adensamento e mudanças na qualidade da água. Como resposta, há aumento do metabolismo, maior consumo do oxigênio e liberação de CO2, e consequente redução do pH da água devido ao aumento de H+. Além disso, o jejum pré-transporte intensifica a gliconeogênese a partir de aminoácidos, aumentando a concentração de amônia, o que pode ser tóxico aos peixes. Para minimizar tais efeitos, tem-se utilizado óleos essenciais com propriedades sedativas, antioxidantes e miorrelaxantes na água do transporte de peixes. Portanto, objetivamos avaliar o potencial dos óleos essenciais de cravo, Sysigium aromaticum, de orégano, Origanum vulgare, e de melaleuca, Melaleuca alternifolia, na redução da excreção de amônia em juvenis de Cyprinus carpio submetidos ao transporte. Os peixes foram mantidos no Laboratório de Fisiologia Aplicada à Piscicultura (LAFAP) do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em caixas de 250L com filtros biológicos e temperatura controlada (25ºC) para a adaptação às condições laboratoriais. O experimento seguiu delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos: CO (controle, sem óleo); C1 (3,75 µl óleo de cravo); C2 (7,5 µl cravo); O (1,25 µl orégano); M (8,75 µl melaleuca), com quatro repetições cada. Cada repetição consistiu em 12 peixes por saco plástico, mantidos por 24h no porta-malas de um carro em movimento e parado, simulando o transporte real. Avaliaram-se parâmetros da água e glicemia (resposta ao estresse). O sangue foi coletado via corte no pedúnculo caudal, com leitura da glicemia por monitor digital (One Call Plus). Os dados foram analisados por vicariância e teste de Tukey (5%). A qualidade de água e a glicemia sanguínea dos tratamentos também foi comparada com os valores observados antes do transporte. Após o transporte, houve redução significativa no pH, e aumento da amônia total e não ionizada em todos os tratamentos (p<0,05). O aumento na glicemia ocorreu apenas nos tratamentos C1, C2 e O, o que indica que os óleos de cravo e orégano causaram estresse nos animais. Apenas o tratamento com melaleuca apresentou menor amônia total na água (p<0,05) em relação ao controle (CO), mas sem diferença significativa frente aos demais tratamentos. Para pH, oxigênio dissolvido e amônia não ionizada, não houve efeito dos tratamentos (p>0,05). A glicemia sanguínea em CO e M não diferiu dos valores de antes do transporte, o que sugere ausência de estresse. Já C1, C2 e O apresentaram glicemia elevada, indicando que esses óleos causam estresse nos peixes. Contudo, os tratamentos CO, C1, C2, O e M não diferiram entre si para glicemia sanguínea. Desse modo, podemos concluir que o óleo de melaleuca é recomendado para o transporte de juvenis de carpas ornamentais por minimizar a excreção de amônia na água e não causar respostas de estresse.
Palavras-chave Cyprinus carpio, óleos essenciais, transporte de peixes e estresse fisiológico.
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