Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20235

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS5
Setor Departamento de História
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Beatriz Travenzoli Silva Luna
Orientador VANESSA LANA
Título Mudanças nas perspectivas de diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer de mama no Brasil a partir do Instituto de Ginecologia do Rio de Janeiro (1940– 1970)
Resumo Este resumo tem por objetivo apresentar a pesquisa de Iniciação Científica apoiada pelo PIBIC/CNPq 2024/25, sob orientação da professora Vanessa Lana, intitulada “Mudanças nas perspectivas de diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer de mama no Brasil a partir do Instituto de Ginecologia do Rio de Janeiro (1940–1970)”, destacando seus avanços e principais resultados. O estudo busca compreender as mudanças nas abordagens médicas frente ao câncer de mama no Brasil entre as décadas de 1940 e 1970, especialmente no que tange ao diagnóstico, à prevenção e às formas de controle adotadas, tomando como foco o Instituto de Ginecologia (IG) do Rio de Janeiro. Considerando o contexto de institucionalização das ciências médicas no país e a consolidação do câncer de mama como um problema de saúde pública, analisam-se os métodos de diagnóstico precoce, as estratégias terapêuticas e as ações preventivas promovidas pelo IG ao longo do período. A pesquisa parte da compreensão de que o câncer de mama, antes negligenciado, passou a ocupar lugar de destaque nas agendas públicas, sendo o IG uma das instituições pioneiras na estruturação de ambulatórios preventivos, na formação médica especializada e na incorporação de tecnologias de visualização, como a radiologia e, posteriormente, a mamografia. A análise baseia-se em fontes primárias, especialmente nos Anais Brasileiros de Ginecologia, e investiga como os discursos e práticas médicas contribuíram para consolidar o IG como referência nacional no enfrentamento da doença. Nesse contexto, destaca-se a ênfase na detecção precoce e na realização de exames clínicos regulares como componentes centrais das estratégias adotadas, associadas à orientação das pacientes quanto à vigilância sobre a própria saúde mamária. A pesquisa fundamenta-se nos aportes teóricos da história das doenças e dos estudos sociais da ciência, com destaque para a perspectiva de Charles Rosenberg, segundo a qual a doença é uma construção social mediada por diversos atores — médicos, instituições, pacientes e o Estado. O câncer de mama é, assim, interpretado como resultado de processos históricos que envolveram disputas institucionais, avanços científicos, circulação de saberes e construção de práticas de controle. Entre os principais resultados, evidencia-se o protagonismo do IG na formulação de um modelo de enfrentamento do câncer de mama que articulava saber médico, ações educativas e políticas públicas. Inspirado em experiências internacionais, especialmente norte-americanas, esse modelo foi adaptado às dinâmicas locais e passou a priorizar a detecção precoce, a rotina de exames clínicos e o acompanhamento constante da saúde mamária como eixo fundamental da terapêutica.
Palavras-chave Câncer de Mama, Instituto de Ginecologia, História da Saúde
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