Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20158

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Luis Carlos Costa Santos
Orientador ANTONIO JACINTO DEMUNER
Outros membros DALILA SENI BUONICONTRO, Deisy Guimarães Carneiro, Eveline Teixeira Caixeta Moura, Jose Neto Rodrigues Santana
Título ////Nanocelulose e extratos de café resistentes nanofibrilados: ensaios no controle de pragas e doenças do cafeeiro
Resumo O café, uma das bebidas mais consumidas no mundo, é fundamental para a economia de países como o Brasil, cuja cadeia produtiva gera empregos e divisas, mas também grandes volumes de resíduos como cascas, folhas e pergaminho, muitas vezes descartados inadequadamente. Tais resíduos, ricos em compostos bioativos com propriedades antioxidantes, antifúngicas e inseticidas, despertam interesse crescente para aplicação em tecnologias sustentáveis, especialmente frente aos desafios fitossanitários da cafeicultura, como o nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita) e a ferrugem do cafeeiro causada pelo fungo Hemileia vastatrix. Nesse contexto, este trabalho propõe uma alternativa sustentável por meio da nanotecnologia, com a produção de nanocápsulas de celulose nanofibrilada (CNF), extraída do pergaminho do café por desfibrilação mecânica e caracterizada por técnicas como FTIR, DRX, TG/DTG, MEV, MET e MFA, contendo extratos vegetais obtidos de folhas e cascas de variedades resistentes por maceração com diferentes solventes, seguido de liofilização. O nanoencapsulamento foi feito por nanoprecipitação com uso de CNF, monoestearato de sorbitana (Span® 60), polioxietileno sorbitano monooleato (Tween® 80), lecitina de soja, acetona e os extratos, sendo os compostos testados quanto à atividade antifúngica frente aos uredosporos de H. vastatrix e à atividade nematicida sobre juvenis de M. incognita. No total, 29 formulações foram avaliadas, destacando-se o extrato etanólico nanoencapsulado da casca (composto 6) e o extrato 1:1 de folha de café arábica nanoencapsulado (composto 9), que reduziram a germinação de H. vastatrix para menos de 40% na concentração 10 mg/mL. Nos testes nematicidas, os extratos nanoencapsulados de folhas de café arábica e triploide apresentaram mortalidade superior a 75% após 72 horas. Esses resultados indicam que a combinação entre extratos vegetais de café e a tecnologia de liberação controlada por nanocápsulas representa uma alternativa promissora, ecológica e eficaz ao uso de pesticidas sintéticos. Embora os dados em laboratório sejam bastante positivos, são necessárias futuras avaliações em condições de campo para validar o uso prático dessas formulações na cafeicultura.(CNPq, Embrapa - Consórcio Pesquisa Café, FAPEMIG, Finep).
Palavras-chave ferrugem do cafeeiro, Meloidogyne incognita, extratos de café.
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