| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
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| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Dimensões Sociais: ODS5 |
| Setor | Departamento de História |
| Bolsa | FAPEMIG |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | FAPEMIG |
| Primeiro autor | Maíza Pereira Cruz |
| Orientador | ANGELO ADRIANO FARIA DE ASSIS |
| Outros membros | Roberta Guimarães Franco de Assis, Rodrigo Garcia Barbosa |
| Título | Barreiras silenciosas: as mulheres e os caminhos restritos |
| Resumo | O presente trabalho é parte do Projeto FAPEMIG Dissonâncias no Atlântico de língua portuguesa: temporalidades, mentalidades e circularidade cultural entre Brasil, Portugal e Angola, e pretende analisar as restrições que se colocam nos caminhos das mulheres no périplo Brasi -, especificamente no nordeste -, África - com relação a Angola - e Portugal durante as décadas de 1930 a 1940. Nesse sentido, pretende-se fazer uma análise da experiência feminina nessas localidades a partir de produções literárias datadas dessa época como “O Quinze”, “São Bernardo”, “O Segredo da Morta” e “Casa na Duna”. Sendo assim, as produções servirão como base da apresentação para compreendermos como as relações sociais dessas mulheres, tanto no que se refere à esfera amorosa, quanto familiar colocam limites e imposições a elas, mesmo que estas tenham conquistado determinados direitos emancipadores como o acesso ao magistério, ou a possibilidade de serem donas do próprio negócio. Tendo isso em vista, ao nos debruçarmos sobre essas vivências com bibliografia de cunho historiográfico para melhor percepção da conjuntura que acarreta nessas limitações individuais poderemos notar a comunhão de vivências desses indivíduos nos locais que partilham de aspectos além da língua portuguesa destacados. Cabe mencionar, quanto à construção das narrativas femininas, que o ser mulher nesses territórios comporta status social e político que versam sobre como elas devem se portar, algo que acaba por afetar sua identidade. Todavia, é indispensável considerar a pluralidade da experiência feminina que será considerada neste trabalho, já que a categoria “mulher” promove o apagamento das vivências de mulheres, como no caso das não brancas. Inclusive, diante destes apontamentos será considerada a construção da ideia de gênero existencialista da Simone de Beauvoir, que versa sobre a legitimação social da assimetria de esvaziamento necessária para que sejam realizadas funções invisibilizadas no nosso meio pelas mulheres, algo que ocorre nas narrativas mencionadas. Nessa lógica, este trabalho tem como objetivo também pensar nos elementos que unem os personagens masculinos nos presentes romances que se colocam em posições contrárias à autonomia de suas companheiras. Então, faz-se cabível pensar com essas personagens no controle a que elas são submetidas pelo meio que limita o seu alcance a possibilidades por crer na limitação da natureza e também da mulher comparada a esta, segundo os contratualistas, algo que as afeta ainda hoje. Com isso, esta proposição, ao lançar o olhar para os comportamentos normalizados pelos meios sociais brasileiro, angolano e português busca refletir não só sobre o contexto entre 1930 e 1940, mas acerca das estruturas que possibilitaram a criação da situação posta. Além disso, sobre os resquícios dessa estruturação da sociedade que ainda vivenciamos na contemporaneidade, na qual as mulheres ainda enfrentam as restrições das suas possibilidades colocadas pelo meio social. |
| Palavras-chave | Mulheres, desigualdades, literatura |
| Apresentações |
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