Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20137

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Letras
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Anna Giulia Cardoso Grossi
Orientador NATALIA GONCALVES DE SOUZA SANTOS
Título Escrita da história literária nacional: contribuições da segunda geração romântica
Resumo Financiada pela FAPEMIG, esta pesquisa analisa ensaios de historiografia da literatura publicados na imprensa acadêmica paulista entre os anos de 1847 e 1871 com o objetivo de mapear, segundo a concepção dos intelectuais da dita segunda geração romântica, parâmetros relativos à sistematização do exercício de escrita historiográfica voltado à literatura, dado que assim como a historiografia geral da nação, a história da literatura também contribuiu em grande medida para a construção de um discurso ideológico de reafirmação da identidade nacional num Brasil recém-independente. Todavia, apesar de massivamente estudados, os ensaios da imprensa paulista do décimo nono século não parecem ter sido lidos a partir desse recorte, o que não se sucede quando pensamos em ensaios da mesma espécie publicados no Rio de Janeiro. Portanto, com vistas a compreender em que medida as discussões de nossos homens de letras provincianos se aproximavam ou se afastavam do que circulava no centro político e administrativo da nação, os resultados deste estudo, além de analisados em função de si, foram também comparados às proposições expressas em artigos basilares publicados por intelectuais fluminenses, como o inaugural “Discurso sobre a história da literatura do Brasil” (1836), de Gonçalves de Magalhães. Desse modo, através da leitura do corpus à luz de determinado arcabouço teórico, foram mapeados os seguintes parâmetros: quando se inicia a literatura brasileira; quais as épocas de sua periodização; se ela emerge autônoma ou como reflexo dos insumos literários do Velho Mundo; quais os autores mais proeminentes em número de menções no discurso da intelectualidade romântica; e quais os métodos subjacentes ao exercício de escrita historiográfica. Apesar das considerações em relação a esses critérios estarem longe de serem unânimes, alguns posicionamentos se mostraram mais proeminentes do que outros no discurso da intelectualidade paulista. Em síntese, nossos românticos provincianos, preocupados com o projeto de autonomização e diferenciação de nossa literatura, mostraram-se propensos a estabelecer como seu ponto de início o século XIX, enquanto na Corte ela vinha datada de períodos anteriores, e a perpetuação do cânone, delineado segundo os moldes da própria crítica que circulava à época, orientou-se em maior medida por aspectos intrínsecos às obras, como a materialização do critério de cor local, embora os fatores extrínsecos não tenham sido totalmente descartados. Quanto à divisão da literatura por períodos, notou-se uma tendência para a delimitação cronológica aliada a acontecimentos de relevo político, a exemplo da Independência da nação. Já em relação à escrita historiográfica, mostrou-se dominante a preferência pelo modelo progressivo de linearidade.
Palavras-chave romantismo brasileiro, história da literatura, periodismo acadêmico
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