Resumo |
A produção de hortaliças enfrenta desafios crescentes pelo aumento da incidência de viroses em campo. O cultivo da cultura do tomate é limitado pelas begomoviroses, devido ao crescente número de mutações e a alta densidade polulacional de Bemasia tabaci biótipo Middle EastAsia Minor 1. Nesse ínterim, a melatonina surge como tecnologia inovadora que pode sanar essa problemática. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial da aplicação de melatonina no controle de begomoviroses e sua influência no crescimento e desenvolvimento da cultura do tomate. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão do Departamento de Agronomia (Vale da Agronomia), da Universidade Federal de Viçosa. Dois experimentos foram realizados com a cultivar Colt, separadamente, um com a pulverização das folhas e outro com a irrigação do substrato com 0, 100, 200, 300 e 400 µmol L-1 de melatonina. As variáveis quantificadas estavam relacionadas ao crescimento da planta, crescimento e desenvolvimento radicular, trocas gasosas, fluorescência da clorofila e enzimas do estresse oxidativo. Os experimentos foram realizados em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, cada qual, com quatro repetições, totalizando 20 parcelas experimentais. A linguagem de programação R foi utilizada para realizar as análises estatísticas e para o plot dos gráficos utilizou-se o software SigmaPlot versão 14.5. Apenas as unidades experimentais I200R4, I300R5 e I400R2 do experimento com irrigação foram infectadas. A pulverização direta das folhas de tomate não influenciou o crescimento das plantas, crescimento e desenvolvimento da raiz e na atividade das enzimas do estresse oxidativo. Entretanto, doses acima de 112,5, 175, 233 e 250 µ L-1 de melatonina incrementaram a assimilação líquida de CO2, transpiração, eficiência do uso da água e fluxo linear de elétrons. A irrigação direta do substrato não afetou o crescimento das plantas e a atividade das enzimas do estresse oxidativo. Por outro lado, doses entre 100 a 333 µ L-1 de melatonina causaram incrementos nas variáveis de crescimento e desenvolvimento radicular, trocas gasosas e fluorescência da clorofila. A partir dos resultados apresentados, conclui-se que o método da irrigação foi mais eficaz do que a pulverização, quando considerado o crescimento e desenvolvimento radicular, trocas gasosas e fluorescência da clorofila das plantas de tomate. |