Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20105

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Educação
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Fernanda de Azevedo Shimizu
Orientador CEZAR LUIZ DE MARI
Título Da Educação da Infância à Formação do “Leonardo da Vinci Moderno”: Análise das Cartas do Cárcere de Antonio Gramsci
Resumo O presente trabalho, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq 2024-2024), tem como objetivo principal analisar as Cartas do Cárcere de Antonio Gramsci sob a perspectiva educacional, buscando compreender suas concepções de educação, práticas pedagógicas e o processo formativo humano. A pesquisa parte do pressuposto de que as Cartas do Cárcere de Gramsci, escritas entre 1926 e 1937 durante sua prisão pelo regime fascista italiano, constituem um rico material de reflexão crítica sobre a formação infantil e os princípios de uma educação emancipadora. A pesquisa de caráter bibliográfico iniciou a partir da leitura, observação e investigação de remissivas selecionadas, para contextualizar as Cartas e explicar seus diferentes sentidos e significados com o auxílio de diversos teóricos da área. O estudo também foi dividido em três etapas principais: levantamento das remissivas selecionadas (cartas de números 12, 13, 25, 40, 135, 147, 170, 198, 282, 287, 367, 397, 435, 439, 455, 462 e 464), revisão de literatura especializada e, por fim, a sistematização das categorias centrais do pensamento educacional gramsciano, como coerção, disciplina, família, escola unitária, formação integral e trabalho como princípio educativo. Com as categorias devidamente selecionadas, cada uma foi explicada e aprofundada teoricamente e individualmente, finalizando, assim, mais um objetivo deste projeto. Os resultados apontam que, mesmo em condições difíceis no cárcere, acarretadas por sua saúde frágil e poucos recursos materiais para tratamento, Gramsci manteve uma prática educativa ativa por meio da escrita de cartas, nas quais orientava a formação de seus filhos e sobrinhos, refletia sobre a função da escola, criticava modelos pedagógicos autoritários e propunha uma educação que articulasse teoria e prática. Destaca-se a defesa da disciplina como autodisciplina, da coerção como elemento formativo, da escola unitária como espaço de construção de intelectuais e da superação da dicotomia entre saber e fazer. Para concluir, foram dadas sugestões de outros temas e elementos de pesquisa para futuras investigações haja vista a complexidade e amplitude conceitual das Cartas e Cadernos do Cárcere.
Palavras-chave Educação das Infâncias, Gramsci, Cartas do Cárcere
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