Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
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Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Dimensões Econômicas: ODS11 |
Setor | Departamento de Geografia |
Bolsa | PIBIC/CNPq |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | Matheus Martins Rodrigues |
Orientador | ANDRE LUIZ LOPES DE FARIA |
Outros membros | Marco Antonio Saraiva da Silva |
Título | As modificações político-administrativas e o crescimento dos bairros no município de Viçosa (MG): Uma análise histórica |
Resumo | A relação intrínseca entre história e espaço torna difícil sua dissociação, uma vez que o espaço se transforma continuamente ao longo do tempo (natural e social), adquirindo novos contornos. Viçosa não constitui exceção a este processo, apresentando mudanças significativas em sua estrutura político-administrativa. Em 1911, o município compreendia oito distritos, configuração que se alterou substancialmente até a atual divisão em quatro distritos: sede, Cachoeira de Santa Cruz, Silvestre e São José do Triunfo. Contudo, observa-se considerável indefinição na delimitação dos distritos viçosenses, frequentemente tratados como bairros, além da ausência de consenso quanto aos limites dos próprios bairros. Diante desta problemática, a presente pesquisa objetivou analisar a dinâmica do uso e ocupação do solo em Viçosa (MG). A metodologia empregou técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para suprir a carência de documentos públicos que auxiliassem na compreensão do processo de formação e consolidação dos bairros municipais. Inicialmente, procedeu-se à delimitação dos bairros utilizando como referência o Código de Endereçamento Postal (CEP) de 2018. Mediante a plataforma Google Earth Engine (GEE), elaboraram-se quatro mapas de uso e ocupação para os anos de 1994, 2004, 2014 e 2024, utilizando imagens dos sensores Landsat 5, 7 e 8 calibradas com reflectância no topo da atmosfera (TOA) e classificação supervisionada através do modelo random forest. A partir destes resultados, calculou-se a porcentagem dos diferentes usos do solo para cada bairro, possibilitando identificar a distribuição e transformação das taxas de urbanização ao longo do tempo. Adicionalmente, desenvolveram-se três mapas de mudanças do uso e ocupação entre os intervalos temporais analisados, destacando padrões de transição espacial. Os resultados evidenciaram que o período de 2014 a 2024 apresentou as maiores transformações das classes agropecuárias para uso urbano. Como etapa final, elaborou-se um modelo de previsão para 2034, incorporando como variáveis o uso e ocupação do solo de 2014 e 2024, o mapa de mudanças entre estes anos, a declividade e a distância dos bairros e ruas. Esta última variável constitui importante fator de atratividade para novas edificações, justificando sua inclusão no modelo preditivo. Embora a dinâmica social se apresente volátil e possa alterar suas configurações ao longo do tempo, o mapa de previsão objetiva orientar e subsidiar as decisões do setor público, permitindo a reavaliação de políticas urbanas com vistas à prevenção de problemas decorrentes do crescimento desordenado, por exemplo. |
Palavras-chave | Urbanização, Geoprocessamento, Dinâmica Espacial |
Apresentações |
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