ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade do Ensino Superior de Londrina, Paraná |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Economia |
Setor | Departamento de Administração e Contabilidade |
Bolsa | Não se Aplica |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Agostinho Martir Gonçalves |
Orientador | PAULA CRISTIANE TRINDADE GONCALVES |
Título | Agricultura familiar e censo agropecuário: reflexões para uma agenda pública |
Resumo | O Brasil é um país agrário com cerca de 77% dos estabelecimentos classificados como de Agricultura Familiar e responsáveis por 23% do valor da produção, ocupando 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários (IBGE, 2017). Os dados do censo agropecuário também apontaram que em 2017, havia 15,1 milhões de pessoas ocupadas nos estabelecimentos classificados como agropecuários; isso representou uma queda de 1,5 milhões de pessoas em relação ao Censo Agropecuário anterior, realizado em 2006. As estatísticas induzem percepções sobre o que fazemos e como fazemos, e ajudam a revelar ou esconder distinções sociais. Diante disso, o objetivo neste estudo é compreender a influência das estatísticas oficiais para a construção de uma agenda pública sobre agricultura familiar e as transformações no meio rural. Navarro (2021) acredita que a agricultura familiar está definhando e fadada ao desaparecimento; porque, segundo dados do censo agropecuário 2017, ocupa apenas 23% da área total de estabelecimentos agropecuários (IBGE, 2017). Contudo, deve-se recorrer às análises do ponto de vista teórico conceitual que afirma que a condição camponesa é algo dinâmico e multidirecional e que há uma parcela significativa de atividades não-agrícolas que dão subsídios para a continuidade da atividade agrícola (PLOEG, 2008) e segundo este autor isto ocorre em maior frequência em momentos de crise econômicas (como a ocorrida com a pandemia da covid-19). Autores colaboram com esta previsão, Navarro (2021) acredita que a agricultura familiar está fadada ao desaparecimento. De fato, as estatísticas apontam para um declínio no percentual de estabelecimentos que trabalham somente com atividades agrícolas e/ou pecuárias que entram nesta classificação. Contudo, a condição camponesa é algo dinâmico e multidirecional (PLOEG, 2008) e há uma constante luta por autonomia relativa dos mercados. Por isso a forma de organização do trabalho e da produção na agricultura familiar, referindo-se à pluriatividade é importante (SCHNEIDER, 2003). O autor complementa que esta análise mais profunda da teoria social sobre agricultura familiar e que não avalia a agricultura como algo estático e por isso a pluriatividade, em seu sentido ideal, não é facilmente mensurável através das estatísticas oficiais disponíveis” (FULLER. BRUN, 1988, p. 150). Ploeg (2008 p.39) ressalta que análises no campo teórico, social sobre agricultura familiar devem ir além da “divisão criada entre abordagens socioeconômicas e abordagens agronômicas”. Referências NAVARRO, Zander. O Brasil rural acabou? Revista de política agrícola, n. 1, p. 142-148, 2021. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/ doc/1131957/1/O-Brasil-rural.pdf Acesso em 23 de junho de 2021. PLOEG, Jan Douwe Van Der.. Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Trad. Rita Pereira. Porto Alegre: UFRGS, 2008. 372 p. |
Palavras-chave | desenvolvimento rural, politicas públicas, censo agropecuário |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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