“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17711

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Agronomia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Liliane Marques de Sousa
Orientador WELLINGTON SOUTO RIBEIRO
Outros membros Anderson da Silva Mota Meireles, André Luiz dos Santos Timóteo, Nícolas Oliveira de Araújo, Vilson Alves de Góis
Título Ácido salicílico e tratamento hidrotérmico modulam a sensibilidade à injuria por frio em bananas colhidas em diferentes estádios de maturação.
Resumo A injúria por frio é o principal distúrbio fisiológico causado por temperaturas subcríticas que afeta a qualidade visual e, consequentemente, o valor comercial dos produtos hortícolas. Tendo em vista que a banana é um fruto tropical, sua sensibilidade ao frio é maior comparada aos frutos temperados. Portanto, temperaturas abaixo de 10 °C são consideradas indutoras de injúria por frio em banana, com o aparecimento de pontuações necróticas e descoloração da casca, os principais sintomas visuais desse distúrbio. Tendo em vista que a sensibilidade ao frio dos frutos pode variar por inúmeros fatores pré e pós-colheita, objetivou-se avaliar a susceptibilidade à injúria por frio de banana colhida em diferentes estádios de maturação e submetidos aos tratamentos hidrotérmico e ácido salicílico. Para isso, bananas da cultivar Willians foram colhidas com 11 e 13 semanas após a emissão da inflorescência (SEI) em pomar comercial localizada no município de Russas, Ceará, Brasil. Os tratamentos pós-colheitas avaliados como mitigadores da injúria por frio foram o tratamento hidrotérmico por imersão a 49±1°C por 10 min e a aplicação por imersão dos frutos em solução de ácido salicílico 1,5 mM a 25°C durante 10 min. Os frutos controles foram os não submetidos a nenhum desses tratamentos pós-colheita. Após a aplicação dos tratamentos, os frutos foram submetidos ao armazenamento refrigerado (6°C e 92% de UR) por 3 e 8 dias. Ao final de cada período de armazenamento refrigerado, os frutos foram submetidos à temperatura ambiente de 22°C e 70% de UR por 4 dias para simular a vida de prateleira. Após a retirada das bananas da câmara fria, os frutos de todos os tratamentos foram imersos em solução de ethephon 1500 ppm por 5 min para simular a indução do amadurecimento praticada em escala comercial. O índice de injúria por frio, o parâmetro de cor luminosidade (L*), a taxa respiratória, o conteúdo de fenólicos totais e a permeabilidade de membrana foram estabelecidos como variáveis respostas. De modo geral, a incidência da injuria por frio foi menor nos frutos colhidos com 11 SEI e nos frutos submetidos ao tratamento hidrotérmico. O teor de fenólicos totais não mostrou uma relação clara com os níveis dos danos do frio em banana. A taxa respiratória dos frutos foi fortemente influenciada pelos estádios de maturação, mas foi pouco alterada pelos tratamentos pós-colheita. Em contraste aos tratamentos controle e com ácido salicílico, o tratamento hidrotérmico reduziu a sensibilidade da membrana celular, evidenciado pela menor permeabilidade de membrana, e propiciou maiores valores de L*. Desse modo, os frutos colhidos em estádios de maturação mais avançado são mais sensíveis à injuria por frio e o tratamento hidrotérmico é eficiente em mitigar os sintomas desse distúrbio em condições moderada de estresse por frio. Por outro lado, o tratamento com ácido salicílico é pouco eficaz em reduzir a susceptibilidade à injuria por frio.
Palavras-chave Pós-colheita, Tratamento, vida útil.
Forma de apresentação..... Vídeo
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