“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17683

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mariana Campos de Melo
Orientador JOSE RICARDO BARBOZA SILVA
Outros membros Anaïs de Castro Benitez, Felipe Sperandio de Mattos, Giulia Ornellas Fuzaro Scaléa, JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO, Luiza Pinheiro Andrade, THIAGO AUGUSTO TELES DE SOUZA, Vanessa Lopes de Souza, Ytalo Galinari Henriques Schuartz
Título Peritonite séptica pós-cesariana em fêmea bovina – relato de caso
Resumo O objetivo deste trabalho consiste em relatar um caso de uma fêmea bovina, que foi atendida no Setor de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais (HV-DVT) da Universidade de Viçosa, da raça girolando, com história clínica de trabalho de parto de aproximadamente 8 horas de duração, com diagnóstico de distocia fetal. No hospital, após exame obstétrico, observou-se a anomalia da estática fetal, com apresentação anterior, posição dorso-sacra e atitude estendida do membro torácico esquerdo e fletida do membro torácico direito e da cabeça e pescoço. Após múltiplas tentativas de correção da estática fetal, sem sucesso, optou-se pela realização da cesariana. Foram administrados ceftiofur (2,2 mg/kg, IV, SID), gentamicina (6,6mg/kg, IV, dose única), 200 mL de cálcio a 22%, IV, 10 L de Ringer lactato (pré-operatório) e após a cirurgia: benzoato de estradiol (5mg, IM, a cada 72 h, duas aplicações). Houve grande dificuldade de exposição do útero no transoperatório, e o feto apresentava escoliose acentuada e sinais de de ocorrência gestação prolongada. Nos cuidados pós-parto, foi realizado o acompanhamento de sinais clínicos dos animais, com a vaca apresentando frequências cardíacas e respiratórias dentro da normalidade, apesar dos sinais de apatia e hipomotilidade ruminal. No quarto dia pós operatório o paciente apresentou sinais de desconforto abdominal, apatia e temperatura retal de 39°C. No hemograma foi observado leucopenia, com neutropenia e desvio a esquerda degenerativo. Foi realizada também a análise do líquido cavitário abdominal, classificado como um transudato modificado, devido à taxa proteica de 2,8 g/dL e presença de neutrófilos (84%) e linfócitos (13%), e bactérias (coccos e bastonetes) intra e extracelulares, indicando a ocorrência de peritonite séptica. No dia seguinte, o animal apresentou piora clínica, com apatia, desidratação, atonia ruminal e considerável permanência em decúbito. As alterações hematológicas continuaram acentuadas, apenas com redução da intensidade da resposta leucocitária degenerativa. O líquido cavitário também apresentou-se túrbido e apresentando em seu conteúdo hemácias, bactérias livres e fagocitadas e dosagem de lactato em 9 mg/dL. O tratamento a´pos diagnóstico de peritonite foi realizado com ceftiofur (5mg/kg, IV, SID), gentamicina (6,6 mg/kg, IV, SID), Metronidazol (10 mg/kg, IV, BID), Firocoxibe (0,3mg/kg, IV, SID), Cálcio a 22% (300 mL, IV, SID), Fluido ruminal de bovino saudável (6L, VO, uma administração) e hidratação parenteral com solução de Ringer Lactado (40 L, IV). No sexto dia pós operatório, devido a piora da condição clínica, optou-se por realizar eutanásia. Ao realizar a necrópsia, notou-se uma deiscência parcial da histerorrafia. No lúmen uterino, ainda, foram encontradas características condizentes com metrite, fatos que, combinados, justificam a ocorrência da peritonite grave. Logo, vale ressaltar que a deiscência da histerrorrafia pode ser incluída dentre as complicações pós cesariana em bovinos.
Palavras-chave Peritonite, distocia, vaca leiteira
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,63 segundos.