Resumo |
O Programa de Inclusão faz parte das ações inclusivas dos Laboratórios de Desenvolvimento Infantil (LDI) e Laboratório de Desenvolvimento Humano (LDH), situados no campus da Universidade Federal de Viçosa - UFV. O programa atende 18 crianças com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento (TGD), dentre outras. O programa tem como objetivo proporcionar uma formação especializada para os monitores, graduandos do curso de licenciatura em Educação Infantil, no atendimento às crianças e bebês com deficiência, concedendo suporte às suas famílias e em fomentar um ambiente escolar realmente inclusivo e acolhedor. O vigente relato alude sobre as experiências de um monitor do Programa de Inclusão, ao demonstrar a importância da intersetorialidade ao atendimento às crianças e famílias. A intersetorialidade no Programa é uma característica imprescindível para que diferentes profissionais possam em conjunto compreender as necessidades das crianças e famílias criando um canal aberto de diálogo, para promover um ambiente escolar inclusivo. O público alvo são os estudantes, professores e famílias que buscam conhecer formas para reforçar os laços entre as instituições de ensino, profissionais que trabalham com crianças atípicas e famílias por meio do diálogo. A falta do diálogo entre os agentes envolvidos com a criança atrapalha nas metodologias e consequentemente no desenvolvimento da criança. Ter essa rede de apoio é elemento essencial para fazer uma comunicação mais eficaz, ou seja, capaz de dialogar entre si para que tenha uma coerência nos trabalhos diários, feitos tanto dentro da instituição escolar quanto fora, de modo a possibilitar que a criança se desenvolva em todos os aspectos. O Programa baseia-se em uma metodologia ativa alinhada com os aspectos filosóficos do LDI/LDH, no que tange o entendimento sobre crianças, ativas no seu processo de construção do conhecimento. Para que esta rede de apoio proporcione um ambiente escolar inclusivo, a equipe do Programa de Inclusão usa de meios como: Sugestões de atividades para as professoras conforme os monitores observam o interesse das crianças; sugestões na rotina conforme a necessidade da criança e família; conferências entre famílias/professoras/Programa de Inclusão/profissionais; cursos e visitas técnicas com os outros profissionais que atendem as crianças fora do ambiente escolar, dentre outros. Ainda há um caminho longo a se percorrer, porém, os resultados são promissores no que se refere a possibilidade da promoção deste ambiente inclusivo através deste contato intersetorial. Fica evidente, portanto, que para promoção deste ambiente inclusivo, é imprescindível que o monitor busque contribuir para que esse diálogo intersetorial aconteça, de modo a reforçar o elo entre instituição/famílias/profissionais especializados que acompanham as crianças atípicas. Podendo assim, conhecer o contexto familiar e a especificidade de cada criança, possibilitando um ambiente inclusivo. |