“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17676

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Sálua Dabien Haddad Costa
Orientador RENATO LEAO SA DE OLIVEIRA
Outros membros FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Luan Karlos de Souza Santos, LUCAS FERNANDES CANAL, MARIA CAROLINA CONCEICAO FERNANDES
Título Utilização de associação de dextrocetamina, midazolam e tramadol para realização de esterilização em saguis-da-serra-escuro (Callithrix aurita)
Resumo Os saguis-da-serra-escuro (Callithrix aurita) estão entre os primatas mais ameaçados de extinção devido a perda de habitat e pela invasão dos habitats remanescentes por saguis invasores e híbridos, substituindo as populações puras da espécie. Com o objetivo de frear a hibridização e a deterioração da genética dos Auritas, o Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra (CCSS - UFV) iniciou um projeto de esterilização para animais invasores. O estudo em tela teve como finalidade desenvolver um protocolo anestésico que permita sua utilização a campo e proporcione adequada contenção química, analgesia e segurança, além de recuperação anestésica rápida e atraumática, visando a soltura imediata dos animais após o manejo. Seis animais foram submetidos a anestesia para realização de exame físico (ausculta cardíaca e pulmonar, avaliação de dentição, pelo, pele, mamas e escore corporal), coleta de amostras biológicas, implantação de microchip e esterilização. Os animais foram submetidos a jejum alimentar e hídrico de no mínimo 4 horas. Para sedação, utilizou-se dextrocetamina (10 mg/kg) associada ao midazolam (0,5 mg/kg) e ao tramadol (1,5 mg/kg) por via intramuscular. Os parâmetros avaliados foram: frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura, pressão arterial sistólica com auxílio de doppler vascular, glicemia, sedação e relaxamento muscular. Após 10 minutos, realizou-se venóclise na cauda ou membro pélvico, com cateter 26G, a fim de instituir fluidoterapia (solução de Ringer com lactato, 3 a 5 mL/kg/hora) e medicações. Nos animais que apresentaram glicemia inferior a 80 mg/dL, administrou-se bolus de glicose 50% (0,5 mL/kg IV). Para o procedimento cirúrgico, que consistiu em deferentectomia nos machos e laqueadura nas fêmeas, os animais foram induzidos à anestesia geral e mantidos em plano anestésico adequado com sevoflurano (1 a 3% em oxigênio 100%) através de máscara facial de tamanho adequado conectadas a um sistema avalvular de anestesia do tipo Baraka . Antes do início do procedimento cirúrgico, realizou-se antibioticoterapia com cefazolina (20 mg/kg IV) e terapia anti-inflamatória com meloxicam (0,1 mg/kg SC). Ao fim do procedimento, os animais foram mantidos aquecidos e fornecido alimento de alto teor calórico. Os saguis híbridos esterilizados foram mantidos em cativeiro durante o período de 10 dias de pós-operatório, onde foi fornecido, juntamente com a alimentação, dipirona (10 mg/kg) e realizada contenção para avaliação da ferida cirúrgica e algia a cada 72 horas. Observou-se os animais em decúbito lateral cinco minutos após a aplicação da sedação, permitindo a realização do exame físico, coleta de amostras e microchipagem. Em relação ao procedimento cirúrgico, observou-se relaxamento muscular e antinocicepção adequados para sua realização. Conclui-se que o protocolo anestésico utilizado permitiu adequada contenção, avalição dos animais e proporcionou plano cirúrgico satisfatório, podendo ser utilizado com segurança a campo.
Palavras-chave primatas, protocolo anestésico, contenção química
Forma de apresentação..... Painel
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