“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17672

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Carolina de Souza Mateus
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros FABIANA AZEVEDO VOORWALD, HUANA GOUVEA DE ARAUJO, THAMIRES FERNANDA RAMALHO MARQUES, WENDEL MAYER DE SOUZA REZENDE
Título Cistectomia e ureterostomia para tratamento de torção vesical consequente à hérnia perineal encarcerada
Resumo A hérnia perineal representa 38 a 44% das hérnias diagnosticadas em cães e caracteriza-se pela fragilidade dos músculos que formam o diafragma pélvico levando à sua inabilidade de manter os órgãos abdominais e pélvicos em posição anatômica. Esta afecção ocorre principalmente em cães machos, não castrados, com idade superior a 8 anos. Objetiva-se relatar o caso de um paciente canino, macho, SRD, 8 anos, com aumento de volume em região perineal lateral direita com evolução de 4 meses, anorexia e disquezia há 4 dias, mucosas hipocoradas, escore corporal 3/9, hipertermia e algia abdominal. O fluxo urinário não estava patente por meio de cateterização uretral e a punção do aumento de volume perineal evidenciou urina de coloração enegrecida. Em ultrassonografia, evidenciou-se uretra dilatada com 0,66cm de diâmetro, hidronefrose e hidroureter bilateral, com dilatação de pelve bilateral de 7,75cm do rim direito e 5,36cm do rim esquerdo e hérnia perineal contendo bexiga com conteúdo hipoecogênico de elevada celularidade e acentuado líquido livre adjacente. O paciente foi posicionado em decúbito esternal e submetido à correção de hérnia perineal. Após incisão de pele, subcutâneo e saco herniário, identificou-se bexiga desvitalizada com coloração enegrecida e encarcerada pelo anel herniário, sendo necessária celiotomia mediana. O decúbito foi alterado para lateral esquerdo, possibilitando acesso simultâneo à hérnia perineal e à cavidade abdominal. Durante celiotomia, foi possível visualizar torção vesical de 360° no próprio eixo, rins e ureteres excessivamente dilatados. A torção não foi desfeita e realizou-se ligadura entre bexiga e próstata. As inserções dos ureteres na bexiga foram pinçadas com Satinsky e incisadas. Duas incisões foram realizadas em musculatura reto abdominal direita e pele, possibilitando comunicação entre cavidade abdominal e pele. Realizou-se ureterostomia com nylon 5-0 e 6-0 em padrão simples interrompido formando dois óstios. Em seguida, realizou-se cistectomia, lavagem da cavidade abdominal, miorrafia, redução do subcutâneo e dermorrafia. Simultaneamente, foi realizada orquiectomia e herniorrafia, onde procedeu-se miorrafia para reconstrução do diafragma pélvico, redução do subcutâneo e dermorrafia. Apesar da gravidade do quadro, a intervenção cirúrgica e o período de internação em terapia intensiva, permitiram recuperação do quadro clínico do paciente. Conclui-se que a retroflexão da vesícula urinária em pacientes com hérnia perineal, corresponde à emergência cirúrgica, evitando-se torção e/ou encarceramento vesical e consequente necrose do órgão, impossibilitando sua manutenção. A anastomose dos ureteres na pele é uma cirurgia de salvamento e está associada a complicações como infecção urinária ascendente e assaduras. Recomenda-se que em pacientes machos, um novo procedimento para realização de ureterostomia modificada seja realizado com intuído de criar anastomose entre ureteres e prepúcio, evitando tais complicações.
Palavras-chave Ureter, emergência, bexiga
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,65 segundos.