“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17670

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Wendel Mayer de Souza Rezende
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros CAROLINA MARINHO VIANA, ISABELA PORTO VELOSO, PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA, THAMIRES FERNANDA RAMALHO MARQUES
Título Shunt portossistêmico congênito extra-hepático em Yorkshire
Resumo Shunt portossistêmico (SPS) é a principal anomalia vascular hepática de cães, que consiste em uma anormalidade de fluxo sanguíneo da veia porta ou uma de suas tributárias formando uma anastomose com a veia cava caudal, que transfere para a circulação sistêmica parte do sangue que seria destinado ao fígado. Como consequência, permite que toxinas e metabólicos que deveriam ter sido previamente metabolizados pelo fígado, entrem na circulação sistêmica, levando a atrofia, redução da função e insuficiência hepática e, cada vez mais, acúmulo de substâncias tóxicas no organismo. Os sinais clínicos consistem em manifestações neurológicas, pelo desenvolvimento da encefalopatia hepática. O tratamento para essa afecção consiste em obliterar o fluxo sanguíneo deste vaso anômalo por meio banda de celofane, espirais intravasculares trombogênicas, oclusor hidráulico de silicone e anel constritor ameróide (ACA). O ACA apresenta material higroscópio em sua composição, fazendo com que o vaso desenvolva uma fibrose gradativa para não gerar uma hipertensão portal e desenvolvimento de shunts adquiridos. Objetiva-se relatar o caso de um canino macho, 9 meses, raça Yorkshire, submetido ao procedimento de colocação do ACA no vaso anômalo esplenofrênico. O paciente apresentava hiporexia, escore corporal diminuido (3/9), crises epilépticas, tremores de intenção e head pressing, sinais iniciados há 2 meses. Foi realizado hemograma, bioquímico, urinálise, ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada, destacando-se uma anemia microcítica normocrômica, hipoproteinemia por hipoalbuminemia, aumento de fosfatase alcalina e dos ácidos biliares pós prandiais, urina isostenúrica, microhepatia e a presença de um vaso anômalo dilatado e sinuoso de 4mm com origem na veia esplênica, inserindo na veia cava intra-hepática. Foi confirmado o SPS extra-hepático esplenofrênico por meio de tomografia computadorizada. Foi iniciado o tratamento clínico temporário com metronidazol, lactulona e ração hepática, para estabilizar o paciente e posteriormente realizar o tratamento definitivo. O procedimento cirúrgico consistiu em uma celiotomia mediana pré-umbilical e identificação do vaso anômalo caudolateral a veia porta. Em seguida, o vaso foi divulsionado para introduzir o ACA de 5mm ao seu redor. Foi realizado a miorrafia com Poliglactina 910 3-0 no padrão sultan, seguida de sutura intradérmica com Poliglecaprone 3-0 em zigue-zague, e dermorrafia com Nylon 4-0 em padrão simples separado. O paciente apesentou excelente recuperação clínica e cirúrgica, não apresentando alterações neurológicas após o procedimento. Foi indicada manutenção da ração hepática por 30 dias, e após este período troca gradual para a ração comum. Os exames hematológicos e o ultrassom abdominal não apresentaram alterações. Com isto, foi possível concluir que o procedimento de obstrução do fluxo sanguíneo por meio da utilização doACA, foi eficaz, eliminando assim as alterações da encefalopatia hepática.
Palavras-chave Constritor ameróide, encefalopatia hepática, vaso anômalo
Forma de apresentação..... Painel
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