ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
Área temática | Física Geral |
Setor | Departamento de Economia Rural |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Julyana de Carvalho Torres |
Orientador | PAULA CRISTIANE TRINDADE GONCALVES |
Título | Mulheres rurais nas estatísticas: reflexões sobre a construção de agenda pública de desenvolvimento rural |
Resumo | O Censo Agropecuário 2017 com o objetivo retratar a realidade agrária do Brasil incluiu novos instrumentos de registro da presença de mulheres na condição de produtora rural e na direção do estabelecimento agropecuário. As estatísticas induzem percepções sobre o que fazemos e como fazemos, e ajudam a revelar ou esconder distinções sociais. E, nem sempre, foram capazes de perceber as assimetrias de gênero e a real contribuição das mulheres para o desenvolvimento rural. Diante disso, o objetivo neste estudo é compreender a influência das estatísticas oficiais para a construção de uma agenda pública sobre igualdade de gênero no meio rural brasileiro. Bem como, discutir o porquê o empoderamento das mulheres contribui para o desenvolvimento rural. O artigo se caracteriza como de caráter exploratório com a coleta de dados bibliográficos e estatísticas oficiais. O censo agropecuário de 2017 indica que as mulheres são 47,5% da população do meio rural, são 946,1 mil mulheres que trabalham como produtoras, o que representa 19% do total. Também foi a primeira vez que este levantamento trouxe informações de direção nos estabelecimentos relacionados às mulheres e idosos. São 1.029.640 estabelecimentos compartilhados pelo casal, o que representa 20% do total, sendo 817 mil mulheres dividindo a direção com o cônjuge. Os dados do censo agropecuário também apontaram que em 2017, havia 15,1 milhões de pessoas ocupadas nos estabelecimentos classificados como agropecuários; isso representou uma queda de 1,5 milhões de pessoas em relação ao Censo Agropecuário anterior, realizado em 2006. Contudo, segundo Hora; Nobre e Buto (2021) dados do censo agropecuário representam uma foto estática de um fenômeno ou conjuntura e buscam qualificar os principais aspectos sintéticos de uma certa temática. Ou seja, há a necessidade de entender as dinâmicas socioeconômicas que resultam nesta representação. Partindo da sociologia econômica e economia feminista, destaca-se a necessidade de constituir um paradigma mais apropriado de análise da economia que integre as atividades econômicas, as da reprodução social e da sustentabilidade da vida humana. Na discussão, o entendimento permite compreender a importância em busca do desenvolvimento rural. Entende-se que a relação das mulheres com o trabalho na propriedade rural não é característica intrínseca ao feminino, mas baseadas na distribuição desigual de poder. E por outro lado há uma luta pelo seu reconhecimento e dignidade enquanto ser capaz de ocupar espaços políticos, culturais e econômicos. As desigualdades em relação às mulheres nos sistemas agroalimentares modernos fica mais acentuada do ponto de vista étnico-racial. Por fim, os dados obtidos permitem inferir que o desenvolvimento rural poderá ser atingido quando transformações sociais geram mais equidade de gênero. Referências HORA, K; NOBRE, M; e BUTTO, Andrea. As mulheres no censo agropecuário 2017. Mudança climática, energia e meio ambiente. São Paulo: maio de 2021. |
Palavras-chave | Gênero, censo agropecuário, desenvolvimento sustentável. |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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