“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17631

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Alan Pontes Polverini
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros ANA CAROLINA DE SOUZA MATEUS, EMILY CORRENA CARLO REIS, FLAVIA SIMPLICIO RODRIGUES, KESIA MARIA COURI GUEDES
Título Uretrostomia pré-púbica modificada para tratamento de estenose de uretra pélvica em cão
Resumo Dentre as afecções que afetam a micção nos cães, a estenose uretral está entre as que ocorrem com maior frequência, sendo constantemente relacionada a traumas associados às fraturas pélvicas, podendo evoluir para hidronefrose e hidroureter devido a repleção vesical contínua. Objetiva-se relatar a realização de técnica modificada de uretrostomia pré-púbica em um cão, SRD, 2 anos, 7,8 kg, com histórico de trauma por atropelamento há 2 semanas, queixa de estranguria há 1 semana e constante gotejamento urinário. Ao exame ultrassonográfico visualizou-se bexiga com acentuada repleção com conteúdo anecogênico heterogêneo, paredes espessas (cistite), uretra pélvica medindo 0,88cm de diâmetro, preenchida por conteúdo anecogênico heterogêneo (dilatação uretral) e pelve renal esquerda associada a discreta dilatação dos recessos pélvicos (pielectasia/hidronefrose incipiente). Ao exame radiográfico simples e contrastado (uretrocistografia retrógrada positiva), observou-se processo inflamatório obstrutivo em porção caudal de uretra prostática e porção cranial de uretra pélvica, resultando em estenose uretral, fratura completa junto à epífise caudal de S3, associado à perda da relação articular dos processos articulares de S3 com as vertebras coccígeas, fratura do ramo cranial do púbis esquerdo e fratura completa do corpo do ísquio direito com desvio do eixo ósseo anatômico. O paciente foi encaminhado para procedimento cirúrgico no qual procedeu-se a orquiectomia, seguida de celiotomia retroumbilical. A bexiga foi exteriorizada e isolada, realizando cistocentese com cateter acoplado ao sugador para esvaziamento vesical. A incisão da bexiga possibilitou cateterização uretral retrógada até o ponto de estenose. Observou-se estenose em uretra pélvica proximal, imediatamente caudal à próstata. Procedeu-se a remoção da porção estenosada da uretra e ligadura na região caudal da estenose. Realizou-se incisão em mucosa prepucial e musculatura reto abdominal esquerda, criando-se uma passagem do interior do abdômen para o subcutâneo e prepúcio, para realização de anastomose entre o remanescente de uretra pélvica proximal em mucosa prepucial. Realizou-se quatro pontos cardiais de apoio com poliglecaprone 4-0 conectando-se uretra pélvica proximal e mucosa prepucial e posteriormente, demais pontos intercardiais em padrão simples separado com poliglecaprone 5-0. Procedeu-se sondagem uretral normógrada pelo interior do prepúcio, cistorrafia e posterior laparorrafia. O paciente foi encaminhado para internação, permanecendo sondado durante 3 dias de pós-operatório. Observou-se melhora clínica do quadro, normouria e micção através do prepúcio. Conclui-se que houve satisfatória resposta clínica frente ao uso dessa técnica modificada de uretrostomia pré-púbica prepucial para o tratamento de estenose de uretra pélvica, possibilitando redução de complicações inerentes ao procedimento, como traumatismos, assaduras e infecção ascendente, quando a anastomose é realizada na pele.
Palavras-chave anastomose, estranguria, hidronefrose.
Forma de apresentação..... Painel
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