“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17602

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Filosofia
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA CARRARO
Orientador GERALDO ADRIANO EMERY PEREIRA
Título A obra Antígona e o tirano
Resumo A pesquisa teve por objetivo compreender e explicitar a figura do tirano. Acerca da tirania, o ponto que aqui será analisado refere-se à tragédia grega Antígona, escrita por Sófocles volta do século IV a.C. O principal ponto a ser explorado são as características de um governo tirânico e, para fins de aprofundamento e concretização de ideias, usou-se a tragédia grega supracitada. O objetivo principal do trabalho desenvolvido é entender a figura tirânica na tragédia, seu modo de agir e pensar, além de ressaltar e demonstrar suas fraquezas e como elas afetam, seja de forma negativa ou positiva, sua política e a população comandada por ele. Nesse caminho, a leitura de Antígona funcionou como uma via de aprofundamento sobre a figura do tirano. É neste sentido que essa leitura integrou a metodologia de análise e leitura dos textos que foram escolhidos como base para esta pesquisa. Dentre eles cabe explicitar o “O Tirano e a Cidade” escrito pelo filósofo brasileiro Newton Bignotto, e o clássico “Paideia" de Werner Jaeger. Em suma, após o estudo do texto de Bignotto e o uso do texto de Jaeger como um auxílio na dinamização das ideias, concluiu-se que o homem tirano é aquele que governa a partir de suas vontades sendo marcado pela repulsa aos que pensam diferente de si, paralelamente, a tragédia, em Sófocles, expõe a incapacidade dos homens de evitar seu destino e as dores trazidas por ele. É justamente observando esses arranjos nas relações que se desenham no texto Antigona, que se percebe os elementos da desmedida como sinais da maneira clássica de retratar o tirano e seu "regime político". Nesse viés, tem-se a figura de Creonte atuando como um exemplo já que, por diversas vezes, esse vai ao encontro do que é defendido e discutido pelas obras usadas no estudo, além de demonstrar, através de suas relações com seus subordinados e familiares, uma personalidade solitária, autoritária e prepotente, características clássicas do tirano, que, ao final da tragédia, acabam por condena-lo a um doloroso destino, marcado pela morte dos que mais amava e o “arrependimento” de suas atitudes. Por fim, conclui-se que o texto de Bignotto deixa claro o uso da tragédia, pelo atenienses, para debater e testar os limites das mais variadas experiências políticas vivenciadas e, na história de Creonte, percebe-se uma ameaça a condição dos cidadãos como inventores da lei e a experiência da tirania sendo retratada como uma “explosão dos limites do humano”. Levando isso em consideração, pode-se sugerir como conclusão que o local de Antígona no debate acerca da tirania é o de gerar a perspectiva de que uma cidade não existe sendo feita de apenas um homem.
Palavras-chave tirania, política, regimes políticos
Forma de apresentação..... Painel
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