“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17601

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Allexia Samla Gomes e Oliveira
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros Isabela Normando Mascarenhas , Larissa Vaccarini Ávila, Sálua Dabien Haddad Costa
Título Enucleação em indivíduo de Callithrix aurita de vida livre politraumatizado
Resumo Foi recebido no Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra um indivíduo macho, adulto, de sagui-da-serra-escuro(Callithrix aurita)de 360g,apresentando sinais neurológicos. À aplicação de fluoresceína não foram identificadas alterações na córnea. O animal não apresentava reflexo pupilar, além de ter incapacidade de fechar e movimentar a pálpebra acometida. Ainda, possuía fratura de dígito em membro pélvico direito (MPD),com incapacidade de movimentação da falange distal. O animal foi submetido a exame radiográfico, no qual foi constatado lesões periosteais por abrasão em crânio. O dígito acometido apresentava fratura com sinais de não união óssea e ausência de movimentação da falange acometida. Com objetivo de reduzir dor crônica, foi indicada enucleação e amputação de dígito do MPD. Após realização de exames laboratoriais e exames de imagem, o paciente foi sedado. Em seguida foi realizada a cantotomia lateral de 3mm de extensão para exposição do globo ocular, seguida de incisão da conjuntiva perilimbar, dissecção junto ao globo e desinserção de todos os músculos extraoculares. A rotação medial do globo ocular possibilitou exposição do nervo óptico, o qual foi pinçado e ligado com poliglactina 910 4-0,para posterior transecção. Hemorragias locais foram controladas com ligaduras e com esponja cirúrgica de colágeno hidrolisado. A terceira pálpebra e o tarso palpebral foram removidos antes da dermorrafia.A glândula lacrimal foi removida e a fáscia bulbar e a conjuntiva foram suturadas com fio poliglactina 910 5-0 em padrão simples interrompido. A dermorrafia foi realizada com pontos simples interrompidos utilizando-se nylon 6-0.O pós-operatório consistiu na administração de enrofloxacina 5mg/kg, SC, por 10 dias, anti-inflamatório Dexametasona 0,25mg/kg, SC, dose única e analgésico dipirona 10mg/kg, VO, SID,5 dias, além de curativos locais com GanadolⓇ e MerthiolateⓇ.Após 10 dias da cirurgia, observou-se discreta inflamação e presença de secreção purulenta em um ponto de pele, fazendo necessária a troca do antibiótico para Amoxilina com Clavulanato de Potássio por mais 5 dias. Após finalização do tratamento, a ferida cirúrgica apresentou cicatrização ideal e fez-se a retirada dos pontos de pele. As pesagens realizadas em pós-operatório tardio possibilitaram a detecção de ganho de peso, além de redução do estresse observada por meio de comportamento ativo e ávido por comida e melhora significativa no aspecto dos pelos e ausência de lesões enegrecidas com crescimento de pelos nos locais. Acredita-se que a impossibilidade de oclusão palpebral e consequente ressecamento da córnea, associados à não união da fratura de falange, resultavam em dor crônica ao paciente e consequente influência na resposta imunológica. O procedimento cirúrgico foi benéfico e curativo, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
Palavras-chave sagui, veterinária, conservação
Forma de apresentação..... Vídeo
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