Resumo |
Uma das culturas que mais cresce nos últimos anos na região do cerrado mineiro tem sido a produção de abacate, sendo uma cultura muito susceptível a injurias por insetos, tendo como uma das principais pragas a broca-do-fruto (Stenoma catenifer), que deprecia os frutos devido ao seu broqueamento, podendo causar sua queda precoce. Uma alternativa ao uso do controle com inseticidas é o controle biológico. Assim, objetivou-se avaliar o parasitismo de ovos por Trichogramma pretiosum a partir de diferentes densidades deste parasitoide e alturas de liberação visando subsidiar informações para o controle de S. catenifer na cultura do abacateiro. O experimento foi realizado e avaliado durante onze dias, em lavoura comercial da variedade margarida, no município de Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil. O experimento foi estruturado em um esquema fatorial 5x2x4 em blocos casualizados com cinco repetições, sendo cinco densidades de 2400, 3600, 4800, 6000 e 7200 parasitoides de T. pretiosum, duas alturas de liberação 1,5 e 6 m e quatro alturas de avaliação do parasitismo: 1,5; 3,0; 4,5 e 6,0 m, sendo essa última variável considerada como subparcela. Cada sub-parcela foi composta de nove plantas, sendo a planta central a receber os tratamentos. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias em seguida comparadas pelo teste de Student-Newman-Keuls a 5% de probabilidade, após a transformação em raiz quadrada da porcentagem de parasitismo. Independente da densidade de parasitoides, quando a liberação é realizada a 6,0 m de altura houve diferença significativa no parasitismo nas diferentes alturas da copa da planta, sendo menor a 1,5 e 3,0 m. Entre as densidades, quando liberados 4800 parasitoides houve uma maior tendência a haver diferença significativa entre as alturas de liberação (1,5 e 6,0 m). Os dados revelaram uma tendência para o parasitismo próximo a altura de liberação dos parasitoides. No entanto, houve uma maior tendência de parasitismo de ovos quando a liberação dos parasitoides ocorre a 6,0 m de altura, portanto os dados colaboram para que as liberações de parasitoides de ovos na cultura do abacateiro sejam realizadas no terço intermediário e superior da planta. |