“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17575

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Genética
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE, Outros
Primeiro autor Bruna Lopes Mariz
Orientador Eveline Teixeira Caixeta Moura
Outros membros Antonio Carlos Baião de Oliveira, Danúbia Rodrigues Alves, Dênia Pires de Almeida, Denise Pires de Almeida
Título Rede de correlações fenotípicas e genotípicas em caracteres morfoagronômicos de Coffea arabica
Resumo No melhoramento genético de café arábica (Coffea arábica) são realizados cruzamentos intraespecíficos com objetivo de gerar populações segregantes, das quais possam ser selecionados genótipos promissores a futuros cultivares comerciais. Para identificar a superioridade destes genótipos são feitas avaliações fenotípicas direcionadas a múltiplos caracteres, que são analisadas de forma conjunta. As correlações permitem mensurar o quanto um parâmetro fenotípico/genético está influenciando outros, o que otimiza e aumenta eficiência de seleção. Neste trabalho objetivou-se construir redes de correlações fenotípica e genotípica para caracterizar as interações entre 12 características morfoagronômicas de Coffea arabica. O estudo foi conduzido com 142 cafeeiros da geração F2 (Híbrido de Timor MG0357 x Tupi Amarelo IAC 5162) e duas testemunhas (Paraíso MGH419-1 e Catuaí Vermelho), nas safras 2018/2020. Foi avaliado produtividade (PRO), vigor (VIG), altura de planta (ALT), diâmetro de copa (DCO), diâmetro de caule (DCA), número de ramos plagiotrópicos (NRP), comprimento de ramo plagiotrópico (CRP), número de nós no ramo plagiotrópico (NNR), tamanho de frutos (TF), uniformidade de maturação (UMT), incidências de cercosporiose (CER) e ferrugem (FER). Foram feitas redes de correlação fenotípica e genotípica com todos os caracteres avaliados. As maiores correlações fenotípicas foram entre NRP/VIG (0,76), CRP/DCO (0,74). As magnitudes dos coeficientes de correlação podem ser classificadas de 0 a 0,33 em baixas, 0,33 a 0,66 médias, e a partir de 0,67 altas. A população teve mais de 36% das associações fenotípicas acima de 0,33. As maiores correlações genéticas foram estimadas entre DCO/CRP (0,75), VIG/NRP (0,74), VIG/DCO (0,66) e DCA/DCO (0,64). O caractere APL teve correlação positiva e alta com CRP (0,67), NRP (0,62), DCO (0,62), DCA (0,60) e VIG (0,57). Das 66 correlações genéticas entre os caracteres, somente 17 foram negativas e de valores considerados baixos (<0,20). Dentre as maiores correlações genéticas negativas estão os pares de características VIG/CER (-0,17) e VIG/FER (-0,13), inferindo que plantas de menor vigor vegetativo tendem a maior incidência destas doenças. A PRO não teve correlações genéticas com nenhuma das outras características, ou seja, todas as interações foram a nível ambiente. Entretanto, os caracteres relacionados a PRO, como APL, DCA, UMT, DCO, NRP, CRP e NNR, obtiveram entre si as maiores correlações genéticas e fenotípicas. O TF teve baixas correlações, sendo a maior fenotípica com UMT (0,22) e a genotípica com FER (0,20). Correlações com valores baixos não implicam necessariamente falta de associações entre caracteres, estas podem ser interpretadas como de natureza complexa, decorrente da ausência de relação linear entre as variáveis. As correlações médias e altas devem ser utilizadas para seleção de genótipos, em que determinada característica infere ganhos genéticos em outras, conforme direção e magnitude do coeficiente.
Palavras-chave melhoramento do cafeeiro, fenotipagem, análise de correlação.
Forma de apresentação..... Painel
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