“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17570

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Camila Aparecida Lopes
Orientador LISSANDRO GONCALVES CONCEICAO
Outros membros CAROLINA MARINHO VIANA, GUILHERME NUNES MORAES FILHO, JESSICA ROSEANE DO CARMO, TAINARA CRISTINA LEANDRO RIBEIRO DE CARVALHO
Título Alopecia X: relato de caso
Resumo Alopecia X é uma condição caracterizada clinicamente por alopecia progressiva bilateral e simétrica, não inflamatória, que preserva a cabeça e as extremidades distais dos membros de cães. Observa-se predileção racial para os cães de raças nórdicas e Poodle miniatura, a maioria entre 1 a 2 anos de idade, embora possa afetar também cães mais velhos. Ambos os sexos podem ser acometidos. Objetiva-se relatar um caso de alopecia X atendido no HOV/DVT-UFV. Uma cadela, castrada, da raça Spitz Alemão, de 7 anos de idade, foi atendida apresentando queda progressiva dos pelos há 4 anos. Ao exame físico, foi observado alopecia e hiperpigmentação em região do tronco, pescoço, cauda e face caudomedial de membros pélvicos, preservando a cabeça e extremidades dos membros. A pelagem estava opaca e ressecada. A paciente tinha histórico de repilação parcial após uso de melatonina (3mg/animal/BID/VO) e suplemento vitamínico (Queranon®) por 04 meses e também de recrescimento piloso em áreas de biópsia cutânea. Causas de origem infecciosas (demodicidose, dermatofitose e foliculite bacteriana superficial) e endócrinas (hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo) foram descartadas pelos exames complementares. O exame histopatológico da pele foi sugestivo de alopecia X. Foi coletado material para hemograma, bioquímica sérica, cultura fúngica, citologia de pele, parasitológico cutâneo e ultrassonografia abdominal total. O diagnóstico definitivo foi obtido mediante o histórico, achados clínicos, avaliação histopatológica e na exclusão dos diagnósticos diferencias. Após a discussão das opções terapêuticas, o tutor decidiu pelo tratamento com trilostano (1mg/kg/SID/VO), associado à terapia tópica (clorexidina spray 2% e solução hidratante). Após 04 meses o animal retornou com discreto crescimento do pelame em algumas regiões alopécicas. Foi mensurado o nível sérico de cortisol basal três horas após a administração do trilostano e o mesmo encontrava-se dentro da normalidade. Dessa maneira, a dosagem da medicação foi ajustada para 1,5 mg/kg/SID/VO por 30 dias, estando no período de avaliação. Ainda que a sua patogênese exata permanece desconhecida, é importante incluí-la no diagnóstico diferencial de diversas dermatoses, principalmente às de origem endócrina em cães das raças nórdicas. Várias modalidades de tratamento estão disponíveis, mas nenhuma é eficaz em todos os casos e podem cursar com efeito temporário. O trilostano tem sido usado com sucesso no tratamento de alguns cães, com baixa ocorrência de efeitos colaterais, no entanto, não há disponível um protocolo bem definido para o tratamento de Alopecia X, no entanto recomenda-se o inicio do tratamento com doses baixas e ajustes com monitoramento e quando necessários. Concluindo, relata-se um caso de Alopecia X, com resposta parcial ao trilostano na dose inicial de 1 mg/kg/SID/VO.
Palavras-chave Alopecia, raças nórdicas, trilostano
Forma de apresentação..... Painel
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