“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17564

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor ISABELA PORTO VELOSO
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros FLAVIA SIMPLICIO RODRIGUES, HENRIQUE TOFOLO DE SOUZA, HUANA GOUVEA DE ARAUJO, PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA
Título Anomalias do anel vascular em cães
Resumo A persistência do arco aórtico direito (PAAD) é uma mal formação congênita dos grandes vasos e seus ramos, resultante da embriogênese anormal dos arcos aórticos, e ocasiona a compressão extraluminal esofágica e megaesôfago secundário. O animal apresenta quadro de regurgitação ao desmame, sendo este o principal sinal clínico observado, além de emagrecimento, baixa condição corporal e pneumonia por aspiração. O diagnóstico inclui anamnese, histórico, exame físico e radiografias torácicas simples e contrastada. Os achados radiográficos comumente encontrados são constrição esofágica próxima à base cardíaca e consequente dilatação cranial. O tratamento recomendado para a PAAD é a correção cirúrgica, por toracotomia intercostal ou toracoscopia. A cirurgia promove melhora do prognóstico dos pacientes, com taxa de sobrevivência variando entre 80% e 94%. Manejo alimentar e hídrico devem ser associados, baseando-se no fornecimento de pequenas refeições semissólidas ou líquidas com o animal em posição bipedal. Objetiva-se relatar o caso de um paciente canino, macho, não castrado, da raça American Pitbull, de 4 meses de idade, que foi atendido com queixa de regurgitação após ingestão de alimentos sólidos e líquidos. Ao exame físico, o cão apresentava desidratação estimada em 7% e caquexia avançada. Radiografias simples e contrastada (esofagograma, utilizando contraste a base de sulfato de bário) de região cervical realizadas evidenciaram dilatação do lúmen esofágico até a região de base cardíaca, com estreitamento no local. Diante da suspeita de megaesôfago secundário a anomalia do anel vascular, o paciente foi encaminhado para procedimento cirúrgico de correção de persistência de arco aórtico direito. Realizou-se toracotomia no 4º espaço intercostal, localização e isolamento do nervo vago, incisão do mediastino e, após identificação das artérias aorta, pulmonar e esôfago torácico, o ligamento arterioso foi identificado, ligado duplamente com fio poliéster 2 e transeccionado. Na ausência de qualquer sangramento, toracorrafia foi realizada e a pressão negativa intratorácica foi reestabelecida. No período pós-cirúrgico, foi feita a prescrição de terapia antimicrobiana, antiinflamatória e analgésica e manejo alimentar e hídrico por meio de administração de pequenas quantidades de alimento líquido e pastoso, diversas vezes ao dia. Após 11 dias de pós-operatório, o paciente apresentou apenas dois episódios de regurgitação, porém não obteve ganho de peso. Dessa forma, foi feita a modificação dietética, incluindo a alimentação natural no lugar dos patês comerciais anteriormente prescritos, com incremento da quantidade e frequência prescritas. O tratamento cirúrgico para correção de PAAD é recomendado de forma precoce para evitar perda de motilidade esofágica e irreversibilidade do megaesôfago. Portanto, ressalta-se a importância do diagnóstico e tratamento cirúrgico associados a cuidados clínicos e nutricionais para melhorar o prognóstico de pacientes com PAAD.
Palavras-chave megaesôfago, arco aórtico, toracotomia
Forma de apresentação..... Painel
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