“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17561

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Sílvia Oliveira Lopes
Orientador SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Outros membros Dayane de Castro Morais, Edna Miranda Mayer, SILVIA ELOIZA PRIORE
Título Envelhecimento rural e insegurança alimentar e nutricional: uma revisão narrativa
Resumo Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira residente na zona rural corresponde a 15,28%. Avaliando a idade do agricultor, há maior prevalência das faixas etárias de adultos acima de 45 anos e idosos (≥60 anos). O envelhecimento rural é uma realidade, e mesmo que esteja ocorrendo em algumas regiões o “retorno” da população para zona rural, isso não é algo generalizado no campo. A partir desta problemática este trabalho teve por objetivo discutir a relação entre envelhecimento rural e insegurança alimentar e nutricional. O estudo consistiu em uma revisão narrativa, utilizando as bases de dados Pubmed, Scielo e Google acadêmico. Os termos de busca foram: idoso OR envelhecimento AND rural OR agricultor familiar AND insegurança alimentar. Como resultados, as discussões embasadas na literatura trazem que o processo de êxodo rural é seletivo porque envolve questões como idade, sexo e escolaridade. Os jovens tendem a ser mais propensos a este processo migratório. A criação de estratégias de incentivo ao agricultor(a) familiar, fortalecendo sua permanência no campo, deve ser um caminho na organização de políticas públicas de alimentação, nutrição e saúde. Isso porque, a produção de alimentos no Brasil é prioritariamente advinda deste molde agrícola. Com o processo de saída da população da zona rural, pode ocorrer perda e mesmo homogeneização de práticas de cultivo e culturas, diminuindo a diversidade alimentar e impactando no fornecimento de uma alimentação mais saudável. Dessa forma, compromete a situação de segurança alimentar e nutricional, tanto dos agricultores produtores, por não terem mais a terra para cultivo de alimentos ao saírem do meio rural; quanto da população geral que pode sofrer com a redução da diversidade dos alimentos e aumento do preço dos mesmos. A organização deste molde se reproduz socialmente através de processos como o de sucessão, herança e aposentadoria. Criar meios que favoreçam a escolha pela permanência no campo, é uma das alternativas a serem organizadas nas ações públicas. O acesso a serviços de saúde é um destas opções de ação, uma vez que, a população rural fica, a margem das estratégias de saúde. Outra alternativa é o incentivo à produção de alimentos, fortalecendo sua relação com o campo por meio de créditos rurais; oferta de apoio técnico, para melhorias da produção; estímulo à comercialização, inclusive para instituições públicas. Ainda, reforça-se a necessidade de fortalecimento dos programas e ações promotores de segurança alimentar e nutricional como, o Programa Nacional de Alimentação Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos, atual Programa Alimenta Brasil, e outros. Portanto, essa mudança etária no campo pode levar a redução da produção, diversidade de alimentos e aumento nos preços, gerando insegurança alimentar e nutricional tanto para os agricultores familiares que tem sua produção comprometida, como para a população (Agradecimentos: FAPEMIG,CNPq e CAPES).
Palavras-chave Êxodo rural, agricultura familiar, segurança alimentar e nutricional
Forma de apresentação..... Vídeo
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