“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17554

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ana Júlia Carvalho Defeo
Orientador JURACI ALVES DE OLIVEIRA
Outros membros Antonio Aristides Pereira Gomes Filho
Título Atenuação de danos causados por arsênio na fotossíntese de alface (Lactuca sativa L.): participação do silício
Resumo A contaminação ambiental por arsênio (As), principalmente nos estados de oxidação arsenato (AsV) e arsenito (AsIII), representa risco à entrada na cadeia alimentar, que pode ocorrer pelo consumo de alimentos contaminados. Desses alimentos, a alface (Lactuca sativa L.), hortaliça folhosa mais consumida no Brasil e no mundo, quando cultivada em ambientes contaminados por As, se torna um veículo potencial de biomagnificação desse poluente. O As é altamente tóxico, mesmo em baixas concentrações, causando alterações no metabolismo vegetal, especialmente em nível de processos fotossintéticos. Uma possibilidade para a atenuação dos efeitos deletérios do As é o uso de silício (Si), o qual é reconhecido como agente mitigador de vários estresses abióticos. Nessa pesquisa utilizamos plantas de alface expostas ao As, na forma de AsV e AsIII, juntamente com o Si, na forma iônica e de nanopartículas (SiNP), com o objetivo de avaliar as alterações dos processos fotossintéticos. O procedimento metodológico iniciou-se com a germinação de sementes de alface e cultivo em solução nutritiva de Clark (1975), ½ de força iônica, por 40 dias, seguido da aplicação dos tratamentos: somente solução nutritiva (como controle); AsIII; AsV; Si; Si + AsIII; Si + AsV; SiNP; SiNP + AsIII e SiNP + AsV . Após 24 e 72 horas de exposição aos tratamentos, as plantas foram coletadas e os parâmetros de medida foram avaliados: teor de clorofila a (Cl a), b (Cl b) e carotenoides (C); trocas gasosas (taxa de assimilação líquida de carbono (A) e condutância estomática (gs). Ambas as formas químicas do As afetaram a [Cl a e Cl b] tendo, de maneira geral, AsIII aumentado essas concentrações e AsV diminuído. Quando aplicado o As juntamente com SiNP não foram observadas alterações nos teores dos pigmentos. Os tratamentos com Si mostram um incremento na concentração dos pigmentos nos tratamentos sem As, mas, em presença de As, não foram capazes de reverter os danos causados pelo poluente. Isso indica que a quantidade de Si transportada para a parte aérea não foi suficiente para ativação dos mecanismos para evitar a ação tóxica do As. Quanto às trocas gasosas, de forma geral, a presença de As afetou drasticamente taxa de assimilação líquida de carbono (A) e condutância estomática (gs) e a aplicação de Si, seja iônico ou nanoparticulado, não conseguiu reverter esses danos. Porém, isoladamente, a aplicação de Si gerou incrementos significativos em A e gs, melhorando a performance fotossintética das plantas. Os resultados corroboram com a literatura quanto à toxicidade do As, que relatam danos nos parâmetros fotossintéticos, sem contudo, relacionar com as alterações nas concentrações dos pigmentos fotossintéticos.
Palavras-chave Fotossíntese, Arsênio, Silício
Forma de apresentação..... Vídeo
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