Resumo |
Nas dietas para frangos de corte utiliza-se, na formulação, ingredientes para atender as exigências nutricionais de proteína e de aminoácidos como o farelo de soja, a farinha de carne, a farinha de vísceras de aves e a farinha de penas, além do milho que, apesar de conter níveis baixos de proteína, fornece quantidade razoável de aminoácidos. A utilização de enzima protease exógena, além de melhorar a digestibilidade da proteína da dieta, pode resultar na melhora da integridade intestinal das aves. Dessa forma, objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do uso de diferentes proteases exógenas no desempenho de frangos de corte. O experimento foi realizado nas instalações do setor de avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, utilizando 1620 pintos de corte machos da linhagem Cobb, com 1 dia de idade, peso médio de 45 gramas, no período de 1 a 35 dias. Foram avaliados os parâmetros: consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar, peso corporal aos 35 dias, viabilidade e índice de eficiência produtiva. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com 9 tratamentos, 9 repetições e 20 aves por unidade experimental, avaliando os seguintes tratamentos: T1: 1,15% lisina digestível; T2: 1,07% lisina digestível; T3: 1,00% lisina digestível (CN); T4: CN + Protease 1; T5: CN + Protease 2; T6: CN + Protease 3; T7: CN + Protease 4; T8: CN + Protease 5; T9: CN + Protease 6. Todas as dietas experimentais foram formuladas a base de milho e de farelo de soja seguindo as recomendações nutricionais das Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos (Rostagno et al. 2017). A análise de variância dos resultados foi feita e as médias comparadas com o teste de Student-Newman-Keuls a 5% de probabilidade, utilizando o software estatístico SAS versão 9.4. Entre os tratamentos com controle negativo, foi feito o teste de Dunnett com o objetivo de comparar o efeito das proteases sob a dieta basal. A partir da análise de variância, todas as variáveis analisadas, exceto consumo de ração e viabilidade, apresentaram efeito significativo (P<0,05) entre os tratamentos. O tratamento controle negativo obteve as menores médias para ganho de peso, peso corporal aos 35 dias e índice de eficiência produtiva, sendo as maiores médias obtidas nos tratamentos 1, 2, 6, 4, 7, 9, 5 e 8, respectivamente. Para a conversão alimentar, o tratamento controle negativo obteve as piores médias, sendo as melhores médias obtidas nos tratamentos 1, 2 e os demais tratamentos com adição de proteases, respectivamente. Concluiu-se que a inclusão das proteases 3 e 4 em dietas com 1,00% de lisina digestível, melhoraram as médias de ganho de peso e de peso corporal aos 35 dias. |