“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17551

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Zootecnia
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Renata Pereira Pacheco
Orientador SEBASTIAO DE CAMPOS VALADARES FILHO
Outros membros Érica Caroline de Almeida, Júlia Travassos da Silva, Lucas Germano Hollerbach, Pauliane Pucetti
Título Efeitos da substituição parcial ou total do farelo de soja por ureia sobre o ganho e rendimento de carcaça de bovinos cruzados
Resumo O farelo de soja (FS) é a principal fonte proteica utilizada pelos nutricionistas nos confinamentos brasileiros. Porém, o FS é um produto de alto valor comercial, sendo um dos ingredientes mais caros em dietas para animais. Dessa forma, para reduzir o custo total com alimentação nesses sistemas, é necessário utilizar alternativas com menor preço por kg de PB em substituição ao FS. A ureia é uma tecnologia de fácil acesso, com alto teor de nitrogênio, com menor preço. Visando a redução de custos com a alimentação, objetivou-se com esse trabalho avaliar os efeitos da substituição parcial ou total do FS por ureia, sobre o ganho e rendimento de carcaça em bovinos F1 Nelore x Red Angus. O trabalho foi conduzido no confinamento experimental do departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa. Foram utilizados 35 bovinos F1 Nelore x Red Angus, não castrados, com idade média de 8 ±1 meses, peso corporal médio de 382 ± 7 kg. Cinco bovinos foram abatidos no início do experimento para estimar o peso e rendimento de carcaça inicial dos animais. Os demais foram distribuídos em 3 grupos, por um delineamento inteiramente casualizado. Os animais foram alocados em baias coletivas providas de cochos e bebedouros eletrônicos (Intergado®), nas quais permaneceram pelo período de 84 dias experimentais, recebendo alimentação ad libitum. Foram avaliados os seguintes tratamentos: U-1%: substituição de 52.6% do FS por ureia (%MS da dieta), U-1.5%: substituição de 75% do FS por ureia (%MS da dieta) e U-2%: substituição de 100% do FS por ureia (%MS da dieta). Os animais receberam silagem de milho em uma relação volumoso: concentrado de 20:80 (com base na MS) e as dietas foram formuladas de acordo com as exigências estimadas pelo sistema BR-CORTE (2016), visando um ganho de 1,3 kg/dia. Ao final do período experimental, todos os animais foram abatidos via insensibilização e secção da jugular para sangramento total. Após o abate, a carcaça de cada animal foi separada em duas meias carcaças, as quais foram pesadas, sendo determinado o peso de carcaça quente (PCQ) e o rendimento de carcaça quente (RCQ) e, em seguida, resfriadas (4oC/±18 horas). Decorrido esse tempo, as meias carcaças foram retiradas da câmara fria, pesadas, obtendo-se o peso de carcaça fria (PCF) e o rendimento de carcaça fria (RCF). Foram também estimados os ganhos de carcaça quente (GCQ) e fria (GCF). Os dados foram analisados em delineamento inteiramente casualizado, utilizando o procedimento PROC MIXED do SAS. Para os testes, foi considerado 5% como nível crítico de probabilidade para ocorrência do erro tipo I. Não houve efeito (P > 0,05) das dietas para o PCQ, RCQ, PCF, RCF, GCQ e GCF. Portanto, conclui-se que a substituição total do FS por ureia, não interfere no ganho e rendimento de carcaça dos animais, podendo ser utilizada como estratégia para a redução de custos da dieta de bovinos machos cruzados.
Palavras-chave dieta, proteína, ureia
Forma de apresentação..... Painel
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