“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17546

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ester Affonso Caetano
Orientador CARLOS EDUARDO REAL PEREIRA
Outros membros Beatriz Quintiliano Gonçalves, Caio Augustus Diamantino, Jéssica Lelis de Miranda, Lorraina Stefanie Moreira de Paula, Renata Magnoni Venturin
Título Relato de caso: Displasia renal em cão da raça Border Collie de 1 ano de idade
Resumo A displasia renal é uma doença congênita atribuída a embriogênese desorganizada do parênquima renal associada à problemas na sua diferenciação. Estão envolvidos, nessa condição, o botão ureteral e o blastema metanéfrico, que devem diferenciar-se de maneira conjunta para a formação do túbulo metanéfrico e, após isso, os rins. No período fetal, o botão ureteral se invagina no blastema metanéfrico para dar origem ao ureter, pelve, cálice e túbulos coletores. Já o blastema é associado com a formação da cápsula e do interstício renal. Com relação aos néfrons, estes são formados de maneira conjunta e sua disposição no interstício é guiada pelos túbulos coletores. Dessa maneira, interações inadequadas entre o blastema metanéfrico e o botão ureteral levam ao quadro de displasia renal. Os animais acometidos podem apresentar displasia unilateral ou bilateral e em diferentes graus de severidades: discreto, moderado e intenso, o que define o período de sobrevida dos indivíduos. Nesses animais, os achados microscópicos comuns são a presença glomérulos e túbulos imaturos, assim como uma matriz mesenquimal primitiva. Na macroscopia, observa-se rim reduzido, firme e de aspecto irregular, e no caso de unilateralidade, o rim adjacente pode se apresentar hipertrófico, por compensação. Embora haja o entendimento da patogênese, as causas relacionadas a displasia renal ainda não foram bem elucidadas, porém a relação hereditária foi observada em cães das raças Shih Tzu, Terrier e Boxer. Este relato refere-se a um cão, macho, de 1 ano, da zona rural de Viçosa, que apresentou morte repentina na propriedade, não sendo observados sinais clínicos pelo proprietário além de caquexia, e logo após a morte foi levado para necropsia no Setor de Patologia Veterinária da UFV. A literatura descreve alguns sinais clínicos comuns aos animais afetados, sendo, polidipsia, poliúria, letargia, caquexia, anemia arregenerativa todos compatíveis com um quadro de insuficiência renal. No presente relato, foi observado à ectoscopia o escore do animal apresentava-se baixo (2, numa escala de 1 a 5) e mucosas estavam hipocoradas. Após a incisão e abertura da cavidade abdominal, contudo, havia moderado acúmulo de gordura visceral, especialmente na porção mesentérica e peri-renal. A avaliação dos rins foi condizente com a literatura acerca da displasia renal bilateral, diminuído de tamanho e irregular. Além disso, na microscopia foram observadas características de má formação do parênquima renal, bem como a presença de formações císticas preenchidas por líquido amorfo. Os tufos glomerulares apresentavam-se diminuídos e sem diferenciação completa (glomérulo primitivo), envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo que estava preenchida por líquido. Os achados macro e microscópicos corroboram com as características morfológicas que permitem o diagnóstico de displasia renal.
Palavras-chave Necropsia, patologia congênita, rim.
Forma de apresentação..... Painel
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