“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17539

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Solos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Leonardo Henriques Bovolenta
Orientador TEOGENES SENNA DE OLIVEIRA
Título Efeito do aumento de aridez na biomassa radicular de ecossistemas naturais em diferentes classes de solo
Resumo As regiões áridas apresentam uma baixa precipitação pluviométrica e alta evapotranspiração que aumentam o déficit hídrico do solo, afetando o desenvolvimento vegetal. A disponibilidade de água é de suma importância para o desenvolvimento da vegetação nos ecossistemas e agroecossistemas, estando presente desde processos de absorção de nutrientes nas raízes à produção de fotoassimilados nas folhas. A raiz é o principal órgão responsável pela aquisição de água para a vegetação. O presente trabalho teve como objetivo analisar o efeito de diferentes classes de aridez na biomassa radicular de ecossistemas naturais em algumas classes de solo representativas no NE brasileiro. Para tanto, coletas foram realizadas em um gradiente climático determinado pelo índice de aridez Thornthwaite (Ia): árido (Ia <20), semiárido (Ia entre 20-50), subúmido seco (Ia entre 50-65) e subúmido úmido (Ia entre 65-100). As classes de solos escolhidas para o estudo foram: Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), Neossolo Litólico (RL) e Argissolo Vermelho-Amarelo (PVA) em áreas de vegetação natural. Nessas áreas foram coletadas amostras de solo para análise química e de raízes nas camadas de 0-5 cm, 10-15 cm e 30-35 cm. Os dados obtidos de biomassa radicular, química do solo e índice de aridez foram submetidos à análise de componentes principais para melhor explicar o efeito da aridez. Os resultados revelaram que o aumento da aridez promoveu a redução da biomassa de raízes em todas as classes de solo. As reduções na camada de 0-35 cm foram de 2,82 kg m-3 para 1,31 kg m-3 no LVA, clima subúmido úmido e árido respectivamente. Para as mesmas condições, essa redução foi ainda mais acentuada para PVA e RL, partindo de 3,11 kg m-3e 4,75 kg m-3 no clima subúmido úmido e reduzindo a 1,49 kg m-3e 1,70 kg m-3 respectivamente no clima árido. A classe LVA foi a mais afetada na camada de 0-5 cm com o aumento da aridez, com biomassa de 0,15 kg m-3 quando comparado às classes PVA (0,91 kg m-3) e RL (1,25 kg m-3) no clima árido. As médias de biomassa radicular por camada revelaram que PVA foi a classe de solo mais afetada pelo aumento da aridez. A aridez em RL reduziu em 2,8 vezes a biomassa de raízes, sendo o que melhor manteve as condições de desenvolvimento radicular na média geral. A análise de componentes principais permitiu concluir que acidez do solo, argila, silte, umidade do solo, P disponível e CTC potencial estão relacionados às maiores biomassas de raízes. A aridez afeta negativamente a biomassa de raiz nos ecossistemas. Além disso, as classes de solos menos impactadas pela aridez, ou seja, com maior biomassa de raízes foram na seguinte ordem: RL>LVA>PVA.
Palavras-chave aridez, biomassa de raiz, clima
Forma de apresentação..... Painel
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