“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17528

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Vitória Régia Melo Silva
Orientador JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO
Outros membros Anaïs de Castro Benitez, Felipe Sperandio de Mattos, Giulia Ornellas Fuzaro Scaléa, Vanessa Lopes de Souza
Título Isoeritrólise e sepse neonatal em potro – relato de caso
Resumo A isoeritrólise é uma enfermidade caracterizada pela destruição imunomediada das hemácias do potro devido a incompatibilidade sanguínea com a égua e é mediada pela ingestão de anticorpos maternos durante a colostragem. Para que ocorra, é necessário a sensibilização prévia da mãe, que pode ocorrer por transfusão sanguínea ou pelo contato entre sangue fetal e materno durante o parto e/ou por hemorragia placentária de forma a expor os antígenos de superfície da hemácia ao sistema imune da égua e, assim, estimular a produção de anticorpos que destruirão as hemácias do neonato. Nesse sentido, os principais sinais, que aparecem entre 2 a 24 horas após a ingestão do colostro, são anemia hemolítica aguda, icterícia, depressão, fraqueza, reflexo de sucção diminuído, taquipnéia e taquicardia, hemoglobinúria e possível evolução para septicemia. O objetivo desse trabalho é relatar o caso de um equino, fêmea, com 24 horas de vida que chegou ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em estado comatoso, e, cuja queixa, relatada pelo proprietário, era incapacidade de permanecer em estação e piora do estado após se alimentar (colostro). O animal apresentou frequência respiratória de 40 respirações por minuto, mucosas ictéricas, desidratação intensa (12%) e motilidade intestinal reduzida no exame físico. Nos exames laboratoriais a paciente apresentou leucopenia e trombocitopenia, bem como hipoglicemia, azotemia e aumento no valor das bilirrubinas. Devido a presença de sinais de sepse neonatal, foram administrados pela via intravenosa ceftriaxona (50 mg/kg), gentamicina (6,6 mg/kg) e flunixin meglumine (1,1 mg/kg) e, conforme o diagnóstico de isoeritrólise, que confirmou-se pelo teste de aglutinação por incompatibilidade sanguínea entre potro e égua, optou-se pela transfusão sanguínea total no paciente. Ademais, foi realizado hidratação com Ringer lactato, lipoveno e glicose 5% além de oxigenação quando o animal apresentava desconforto respiratório. Apesar das intervenções supracitadas, o animal não apresentou melhora clínica ou laboratorial significativas, mantendo-se apático, e veio à óbito dois dias depois. Na necropsia confirmou-se o diagnóstico: icterícia, esplenomegalia devido ao acúmulo de eritrócitos lisados e lesões pulmonares. Dessa forma, é possível concluir que a isoeritrólise neonatal deve ser identificada e tratada rapidamente a fim de evitar infecções secundárias e para que se alcance melhora satisfatória do paciente. Reitera-se, principalmente, a importância da prevenção dessa doença por meio da identificação de cruzamentos incompatíveis, isto é, fêmeas que não possuem anticorpos do tipo Aa e Qa com machos que possuam, e potros de risco no setor de reprodução. A mensuração dos anticorpos presentes no colostro ou no soro das éguas durante o último período de gestação também é uma medida profilática importante para definir se há compatibilidade entre o colostro e a hemácia do potro.
Palavras-chave anticorpos, hemólise, neonatologia.
Forma de apresentação..... Painel
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