Resumo |
As fraturas em animais de grande porte no momento do transporte são comuns, principalmente, em animais que são temperamentais e que não estão bem alojados e bem manejados. Contudo, bovinos podem apresentar esse tipo de fratura devido ao peso dos mesmos, já que pode ocorrer uma pressão exacerbada no sistema musculoesquelético ao ponto de ultrapassar o limite de suporte de carga dos ossos. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de um bovino adulto, fêmea, de duzentos e sessenta quilos, da raça Jersey, com prenhez de trinta dias, que deu entrada no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa no dia 02 de agosto de 2021 às nove horas da manhã apresentando uma claudicação de grau 4 e um aumento de volume intenso no membro torácico esquerdo. De acordo com o proprietário esse animal teria embarcado com destino a Viçosa sadio e chegando ao Departamento de Medicina Veterinária já estava em decúbito lateral e apresentando sinais de dor, como por exemplo, frequência cardíaca aumentada e inutilização deste membro. Como método de diagnóstico foi utilizado o exame radiográfico, o qual confirmou a fratura em espiral no terço médio do osso Rádio no membro torácico esquerdo. Diante disso, o animal foi tratado com a aplicação de gesso sintético em toda a extensão possível do membro, para a estabilização do mesmo e repouso em baia fechada com cama alta e limpa por três meses. Além disso, foi administrado Fenilbutazona na dosagem de 9mg/Kg, intravenoso a cada 48 horas até completar quatro doses totais, para a analgesia. No dia 28 de setembro de 2021 foi realizado o segundo exame de imagem radiográfica que já apresentou uma formação de calo ósseo no local da fratura e, por fim, no dia 09 de novembro de 2021 o gesso foi retirado e o animal ganhou alta. Tendo em vista o resultado do caso atendido consideramos que o gesso sintético e o repouso de noventa dias foram satisfatórios para esse tipo de fratura em bovinos dóceis e mais leves, ficando essa terapia como opção de custo reduzido para bovinos. |