“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17454

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabrielly Dias Santos
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros Elisandra Lopes de Freitas , FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Título Relato de caso: intussuscepção gastroesofágica em cão da raça dálmata
Resumo A intussuscepção gastroesofágica é uma afecção onde ocorre a invaginação completa ou parcial do estômago no lúmen do esôfago, podendo órgãos adjacentes estarem ou não deslocados concomitantemente. Acredita-se que a doença tenha bases multifatoriais, como o aumento da pressão intra abdominal, distúrbios de motilidade, enfermidades esofágicas (megaesôfago, falência do esfíncter esofágico inferior) ou traumas. O tratamento mais indicado é a correção cirúrgica da intussuscepção em caráter de urgência e gastropexia para fixação do estômago em sua posição anatômica. O presente trabalho objetiva relatar um caso de intussuscepção gastroesofágica em um cão e caracterizar as potenciais complicações associadas ao quadro. Foi atendido no Atlas Hospital Veterinário um cão da raça dálmata, macho, inteiro, 11 anos de idade, 14,9 kg, com quadro de refluxo crônico, vômitos persistentes com estrias de sangue e perda de peso intensa, apresentando baixo escore de condição corporal (caquexia). O animal havia sido diagnosticado com megaesôfago há três meses e estava em tratamento para um quadro de pneumonia aspirativa há um mês. Para investigação diagnóstica foi solicitado um esofagograma, onde foi possível observar ausência de progressão do contraste, sugerindo obstrução completa do lúmen esofágico. Na presunção diagnóstica de intussuscepção gastroesofágica, baseada nos achados clínicos e radiográficos sugestivos, o paciente foi encaminhado ao setor de cirurgia para uma celiotomia exploratória. A inspeção da cavidade abdominal confirmou o diagnóstico, estando o estômago completamente invaginado no lúmen esofágico, não apresentando outros intussusceptos associados. Não foram identificadas lesões isquêmicas ou outros comprometimentos de viabilidade após a redução aboral do órgão, sendo então realizada uma gastropexia incisional, visando minimizar as chances de recorrência do quadro. Finalizou-se a abordagem através da omentalização da linha de sutura da pexia, lavagem abdominal copiosa e laparorrafia. O transoperatório sucedeu sem grandes intercorrências e o paciente retornou ao regime de internação em unidade de terapia e monitoração intensiva, para acompanhamento veterinário. Ao longo dos primeiros dias de pós-operatório, o paciente apresentou um agravamento do quadro de pneumonia, sendo pouco responsivo à terapia previamente instituída. Dada a deterioração do estado clínico do paciente e as baixas expectativas de resposta ao tratamento, optou-se pela eutanásia do animal. Conclui-se que, por se tratar de uma afecção rara na medicina de pequenos animais, a intussuscepção gastroesofágica é muitas vezes pouco diagnosticada de forma correta e precoce, evoluindo de maneira deletéria e potencialmente fatal. No paciente descrito, o quadro prévio de megaesôfago é determinado como a etiologia da intussuscepção, que devido ao manejo inadequado resultou em complicações que culminaram no óbito do animal.
Palavras-chave intussuscepção, estômago, cães
Forma de apresentação..... Vídeo
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