“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17427

ISSN 2237-9045
Instituição Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FNDE, FUNARBE, Outros, UFV
Primeiro autor Terezinha de Jesus Nogueira Oliveira
Orientador Roberta Fernandes Correia
Outros membros Railane Sangir Santos
Título Comunicação como superação à fragmentação do trabalho em saúde
Resumo Para Marx, o trabalho é uma categoria analítica onde o sujeito está inserido em uma totalidade, ou seja, há uma relação entre objeto de intervenção, os instrumentos e as atividades. O intenso processo de especialização na área da saúde perpetua as fragmentações e disputas de classes presentes na sociedade capitalista. Peduzzi (2001) destaca a comunicação como enfrentamento da fragmentação pois possibilita às equipes multidisciplinares o arguir no trabalho cotidiano executado. Fatores limitantes da autonomia profissional são apontados por Soratto et al., como causas que intensificam a fragmentação. Miranda, et al. defendem que para redução da fragmentação essa problemática, entre outras, seja superada. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo relacionar teorias da comunicação com o trabalho em equipe de saúde. Este trabalho resulta da apresentação de seminário na disciplina de Paradigmas da Linguagem, Planejamento e Gestão em Saúde do programa de pós-graduação de Saúde Pública da ENSP- FIOCRUZ. Foi utilizada como referência a bibliografia sugerida pela disciplina. No trabalho em equipe a coordenação de práticas, trocas de saberes e interação entre os agentes ocorrem pela mediação simbólica da linguagem. A comunicação é o denominador comum do trabalho em equipe. Quando a comunicação se expressa como dimensão intrínseca ao trabalho em equipe, para elaboração de um projeto assistencial comum, temos a perspectiva do agir comunicativo (PEDUZZI, 2001). A articulação entre a dimensão tecnológica e a comunicativa, assim como a relação recíproca entre trabalho e interação permitem pensar no trabalho em equipe sob a perspectiva do agir comunicativo de Habermas. Mesmo se constituindo em um espaço de tensionamento com o modelo hegemônico biomédico, o agir comunicativo possibilita validação das subjetividades dos trabalhadores orientada para construção de um modelo assistencial comum, num ambiente sem coação, incentivando o desenvolvimento da criatividade frente a situações imprevistas. Nesse processo, os sujeitos envolvidos estão em busca não só do consenso, mas, sobretudo do reconhecimento. Para Honneth, causas sociais são responsáveis pela violação sistemática do reconhecimento dos grupos e sujeitos. Então, consideramos que a hierarquização do trabalho ocasionada pela desigualdade na valoração das profissões no mundo real, entre outras questões, inspiraria essa luta por reconhecimento da autonomia individual do trabalhador e da própria equipe de saúde. A apresentação possibilitou o enriquecimento mútuo e o debate interdisciplinar sobre um espaço que comporta comunicação, formação de consensos e negociação constantes, sempre permeadas por conflitos e lutas, e cujo objetivo final é a possibilidade de o indivíduo reconhecer a si e ao outro como sujeitos autônomos e dependentes, capazes de cooperar e, também, necessitar.
Palavras-chave saúde, trabalho, comunicação
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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