“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17418

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Beatriz Lovisi Costa
Orientador MARIA CRISTINA BARACAT PEREIRA
Outros membros Lucas Quirino Moreira
Título Desenho de peptídeos mínimos antimicrobianos baseados na correlação entre estrutura e função de defensinas de Helianthus annuus
Resumo A resistência fúngica aos agentes de defesa agrícola ou fármacos disponíveis é uma grave ameaça à saúde pública, demandando o desenvolvimento de novos antifúngicos. Neste sentido, os peptídeos antimicrobianos (AMPs) são opção potencial para controlar doenças e problemas de resistência a drogas, já que suas formas de ação diferem daquelas dos antimicrobianos convencionais. Por suas baixas massas moleculares e por serem parcialmente hidrofóbicos e catiônicos, muitos AMPs interagem com componentes da membrana celular microbiana, comprometendo esta estrutura. As defensinas de plantas são moléculas pequenas, com 45 a 54 resíduos de aminoácidos, e apresentam uma estrutura formada por três fitas-β antiparalelas e uma α-hélice estabilizada por ligações dissulfeto seguindo o padrão: C1-C8, C2-C5, C3-C6 e C4-C7. Sua estrutura também conta com a presença de uma glicina na posição 32, que faz parte de uma região chamada de γ-core, possuindo a composição X2-G-X-C-X3-9-C-X2, com o X sendo qualquer resíduo de aminoácido. Estudos recentes demonstram que esta região da molécula é responsável pela atividade biológica e pelos mecanismos de ação das defensinas, se tornando, portanto, o ponto de partida para o desenho do peptídeo mínimo proposto. Nosso grupo de pesquisa detectou atividades antimicrobianas e identificou defensinas em extratos aquosos de folhas de calêndula, as quais possuem alta similaridade de sequências com as defensinas antimicrobianas obtidas em genomas sequenciados de Helianthus annuus (Girassol). Dessa forma, este trabalho tem o objetivo de explorar a correlação entre a estrutura e a função das defensinas de girassol, desenhar peptídeos mínimos funcionais e avaliar a atividade antifúngica in vitro (e antibacteriana, posteriormente) destes peptídeos. Sequências de defensinas foram localizadas em bases de dados e realizadas análises das regiões funcionais das moléculas e de docking contra quitina, que permitiram avaliar diferentes formas de interação entre os peptídeos e a molécula-alvo. O peptídeo selecionado foi a defensina ID UniProt P82659, tendo o γ-core a seguinte sequência: SGGKCRGFRRRCFCTT. Os três resíduos de cisteína deste peptídeo foram substituídos por resíduos de alanina, para evitar a formação de ligações dissulfureto ou a presença de resíduos de cisteína livre, obtendo-se a sequência SGGKARGFRRRAFATT, peptídeo mínimo proposto para a futura síntese. Visando analisar o perfil proteômico das sementes de girassol, também foram realizados géis de eletroforese mono e bidimensional, que confirmaram a presença de peptídeos. Com vista à produção biotecnológica de peptídeos mínimos antimicrobianos para a produção de potenciais fármacos e desenvolvimento de compostos eficazes contra microrganismos, o peptídeo mínimo será, então, sintetizado e terá sua atividade antifúngica avaliada. Os peptídeos mínimos podem garantir ação antimicrobianos e assim, novas formas de defesa contra patógenos, com baixo custo energético biológico.
Palavras-chave Girassol, Peptídeo Mínimo, Peptídeo antimicrobiano (AMP)
Forma de apresentação..... Vídeo
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