“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17407

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Solos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Nathália Rivelli Vieira
Orientador IGOR RODRIGUES DE ASSIS
Outros membros Daniel Nunes da Silva Júnior
Título Estimativa do fator Capacidade Tampão para P, K, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn em solos de campos rupestres de diferentes mineralogias
Resumo O fator capacidade tampão (CT) estima a capacidade de um solo manter a atividade de determinado nutriente na solução do solo. Essa medida relaciona a reserva do nutriente na matriz do solo com a atividade do nutriente na solução do solo. Campos rupestres (CR) são ecossistemas de grande importância biológica em razão da elevada biodiversidade e endemismo. Estes ecossistemas ocorrem sobre solos muito lixiviados, com baixos teores de nutrientes. No estado de Minas Gerais, os CRs ocorrem no Quadrilátero Ferrífero, associados a solos de origem hematítica e quartzítica, com diferenças na reserva de nutrientes em razão das características do material de origem. Este trabalho teve como objetivo estimar o fator CT para P, K, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn em solos de campos rupestres. Para tanto, foram selecionadas áreas de campos rupestres em solos desenvolvidos de cangas ferruginosas e de rochas quartzíticas, na Serra da Calçada, Nova Lima, MG. Em cada área foram coletadas, aleatoriamente, 60 amostras de solo, na profundidade de 0-5 cm. Nas amostras devidamente preparadas foram extraídos os teores solúveis (estimativa do fator intensidade - I) e disponíveis (estimativa do fator quantidade - Q) dos nutrientes P, K, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn. O extrator utilizado para estimar o fator I foi uma solução de CaCl2 0,01 mol/L. Para estimar o fator Q foram utilizados dois extratores: Mehlich-1 (M1) e Mehlich-3 (M3). A dosagem dos teores dos elementos foi realizada por espectrometria de emissão óptica em plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). A partir da relação do fator Q e do fator I foram estimados os valores de CT para os nutrientes nos solos. Os resultados foram resumidos por meio de análise descritiva e análise de componentes principais (ACP). As médias para a CT estimada para os dois solos foram comparadas pelo teste de Wilcoxon (p < 0,05). A análise de ACP mostrou haver correlação entre a CT para Fe e P; Mn e K; e Cu e Mg. A redução do conjunto de dados às duas primeiras componentes principais sumarizou apenas 51,8 % da variância do conjunto de dados (PC1 = 31,4 % + PC2 = 20,4 %). A primeira componente principal indicou diferenças para a CT dos solos em função do extrator utilizado para estimar o valor de Q. Os solos estudados apresentam diferenças entre os materiais de origem (p < 0,05) na CT para todos os nutrientes analisados. Para o mesmo solo, a CT calculada com Q estimado por M1 e M3 também apresenta diferença para todos os nutrientes analisados. Para ambos os solos, M1 estimou maiores valores de CT para Mg, Fe e Cu, e o extrator M3 estimou valores mais elevados para P, K, Zn e Mn. Em ambos os solos e independente do extrator utilizado para estimar o fator Q, Fe e P foram os nutrientes com maior CT. De maneira geral, Cu, Mg e K apresentaram os menores valores de CT em ambos os solos. As diferenças observadas podem ser explicadas em função das reservas de nutrientes na fase sólida dos solos e pelas diferenças na capacidade de extração dos extratores M1 e M3.
Palavras-chave Fertilidade do solo, referência ambiental, recuperação de áreas degradadas.
Forma de apresentação..... Painel
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