“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17395

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Jaqueline Aparecida Honorato
Orientador SOLIMAR GONCALVES MACHADO
Outros membros Andressa de Almeida Cordeiro, ANTONIO FERNANDES DE CARVALHO, Artur Teodoro da Silva, Isabella Maria Fernandes Botelho Moreira
Título Utilização do sistema para hemocultura na detecção de microrganismos contaminantes de leite UHT.
Resumo O leite se destaca como um alimento rico em nutrientes, o que o torna ideal para o desenvolvimento de microrganismos, como bactérias deterioradoras. Bactérias formadoras de esporos estão frequentemente associadas aos defeitos tecnológicos de origem microbiológica em leite UHT. No entanto, a detecção desse grupo microbiano no produto final utilizando metodologias convencionais é demorada, o que dificulta a correção do problema industrial em tempo hábil. Por isso, o desenvolvimento de metodologias alternativas e rápidas é indispensável para o sucesso da indústria de laticínios. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a detecção de Bacillus subtilis ATCC 19659, bactéria formadora de esporos, em leite UHT utilizando o sistema para hemocultura. Os experimentos foram realizados com a cultura de B. subtilis ativada em caldo Brain Heart Infusion (BHI) e incubada a 32°C por 24h. A cultura ativa foi padronizada a uma DO de 0,100 a 600 nm, o que equivale a uma população de 107 UFC/mL. Para avaliar a interferência de estabilizantes presentes em leite UHT no tempo de análise, a cultura padronizada foi inoculada em amostras de leite UHT com e sem estabilizantes. As amostras com e sem estabilizantes foram diluídas nas concentrações 1:2, 1:5 e 1:8 (leite:água). Em seguida, essas amostras foram inoculadas com B. subtilis nas concentrações de 101 e 102 UFC/mL. A detecção da bactéria foi realizada no sistema para hemocultura (metodologia alternativa) e a verificação da população bacteriana inoculada foi realizada pela contagem em placas por inoculação em profundidade em ágar BHI. Na segunda etapa do projeto, a suspensão celular de B. subtilis padronizada foi inoculada em amostras de leite UHT com e sem estabilizantes em diferentes concentrações (100 a 104 UFC/mL). A detecção da bactéria inoculada e a verificação da população inoculada foram realizadas pelas mesmas metodologias descritas anteriormente. Os experimentos foram conduzidos em duplicata. A presença de estabilizantes no leite UHT não interferiu na detecção de B. subtilis utilizando a metodologia alternativa. Os resultados da segunda etapa demonstraram que a relação entre o tempo de detecção da metodologia alternativa e a população bacteriana contaminante do leite UHT é linear. As equações das retas que descrevem essa relação para o leite UHT com e sem estabilizante, respectivamente, são: y = -0,0591x + 0,5219 e y = -0,068x + 0,545 onde y é o tempo de detecção em h e x é a população bacteriana inoculada em log10UFC/mL. O tempo de detecção de B. subtilis pela metodologia alternativa foi de, aproximadamente, 14 horas para a menor população bacteriana testada (100 UFC/mL). Esse tempo é muito mais curto que aquele requerido para completar a metodologia convencional para o teste de esterilidade de leite UHT que pode variar de 5 a 10 dias. Portanto, os resultados demonstraram que o sistema para hemocultura é uma metodologia rápida e promissora para análise microbiológica de leite UHT.
Palavras-chave Microrganismos, Hemocultura, Leite UHT
Forma de apresentação..... Painel
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